Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, São Paulo, Brazil
O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Empresas aéreas adotam voo solo

Aviação



Carolina Alves e Cláudia Bredarioli (redacao@brasileconomico.com.br)



Independentemente das melhorias em infraestrutura, companhias investem alto para ampliar atuação no Brasil.



Incentivadas pelo aumento crescente da quantidade de brasileiros dentro de seus aviões, as companhias aéreas nacionais têm apostado alto para atender aos passageiros, tentando driblar os problemas de infraestrutura no setor aeroportuário nacional.



"A demanda vem crescendo muito, puxada pelo aumento da renda. Mas, a infraestrutura dos aeroportos brasileiros não está acompanhando esse movimento", afirma Evaristo Mascarenhas, diretor de mar_keting e vendas da Trip. "Muitas vezes tivemos que fazer mudanças nas nossas rotas para adaptá-las às deficiências de espaço e horário dos aeroportos", completa.



Para isso, a Trip investiu na aquisição de jatos maiores para operar no mercado doméstico. Este ano, a empresa aguarda a chegada de 14 novos aviões à frota. Hoje, a companhia trabalha com 43 aeronaves.

De acordo com Mascarenhas, os novos jatos devem ampliar a oferta em até 70% este ano. Com isso, a empresa pretende reforçar a atuação nas classes C e D, atuando especialmente no interior do país. "Há 30 cidades, de baixa e média densidade demográfica, onde só a Trip atua. Queremos ampliar esses destinos".



As cidades do interior também estão no foco de expansão da Azul. "O grande potencial de crescimento do setor hoje não está nas metrópoles, mas sim nas pequenas cidades", analisa Adalberto Febliano, diretor de Relações com Investidores da companhia. "Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor estão centralizados nas 20 principais cidades brasileiras, mas o Brasil tem mais de 5,5 mil municípios", compara Febliano.



A Azul deve receber este ano 12 novas aeronaves, somando investimentos de US$ 700 milhões. A medida deve elevar a oferta de assentos em 50%, visto que a empresa conta_biliza 26 aviões atualmente. "Queremos ampliar nossa rota para mais 20 destinos, além de elevar a frequência dos vôos em regiões onde já atuamos", diz. "O Brasil vem conseguindo popularizar o transporte aéreo e não pode parar esse movimento por insuficiência de infraestrutura".



A Gol espera terminar o ano com um total de 115 aeronaves operacionais. Estão previstos quatro processos de devolução de aviões e há cerca de 30 novos destinos sendo avaliados pela companhia. "A Gol está adaptada ao crescimento do mercado e trabalha em conjunto com os órgãos competentes para monitorar a qualidade dos aeroportos e desenvolver alternativas inteligentes", acrescenta Rodrigo Alves, diretor de Mercado de Capitais da Gol.



A Tam, líder de mercado, é a companhia que calcula o maior crescimento da demanda para o setor em 2011, de 18%. A base para essa conta está no desempenho do ano passado: "Em 2010, constatamos uma mudança no perfil de passageiros, com a migração de viajantes de ônibus para o transporte aéreo, principalmente em viagens acima de 800 quilômetros", afirmou em nota, Líbano Barroso, presidente de Tam Linhas Aéreas.

Primeiro carro completa 125 anos

Modelo criado por Carl Benz tinha três rodas e motor a combustão de 0,8 cavalo de potência
Thiago Vinholes


No tempo em que as carruagens puxadas por cavalos eram o principal meio de transporte, o engenheiro alemão Carl Benz propôs uma solução a tração animal ao patentear em 26 de janeiro de 1886 o primeiro veículo motorizado moderno em Mannheim. Trata-se de um “triciclo”, como consta na patente, e seu motor monocilíndrico a gasolina gerava ínfimo 0,8 cavalos de potência, que permitia ao carro atingir 18 km/h. Já a partida era feita por meio de uma manivela.


Basicamente uma evolução das carroças, o primeiro automóvel, chamado na época Benz Patent Motorwagen, era construído de madeira e sua direção, por exemplo, era uma haste. O acelerador e freio eram operados com as mãos e um pequeno banco carregava o motorista e um passageiro lado a lado. Sua produção em massa começou em 1888, mas, apesar da simplicidade do projeto, o produto era destinado somente a alta sociedade.

E também foi a bordo deste carro pioneiro que foi realizada a primeira viagem de automóvel por uma longa distância da história. Bertha Benz, sem o consentimento de seu marido Carl Benz, partiu com o veículo de Mannheim a caminho de Pforzheim, distante cerca de 100 km. A ação na época, considerada um feito notável, ajudou a popular o invento. Detalhe: a viagem durou três dias e duas noites.

E para comemorar a data, a Mercedes-Benz revelou a Aesthetics 125, uma escultura que simboliza, segundo a marca, seu DNA. Sua construção é feita em estereolitografia, processo que permite criar formas mais complexas. A cerimônia de apresentação do Aesthetics 125 contou com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, além do CEO da Daimler, Dieter Zetsche.

Fonte: http://carros.ig.com.br/noticias/primeiro+carro+completa+125+anos/2362.html

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dilma tem R$ 68 bi para licitar este ano


A presidente Dilma Rousseff terá R$ 68 bilhões em projetos de infraestrutura a serem licitados em 2011, herdados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Sem contar os setores de saneamento e habitação, são 43 grandes obras na área de transportes, energia, aeroportos e portos, que estão com os editais em preparação - algumas com licitações marcadas, como o caso do trem de alta velocidade (TAV) Rio-São Paulo. Dificuldades com licenças ambientais e intervenções do Tribunal de Contas da União (TCU) estão entre os maiores entraves encontrados para os projetos, alguns há anos na fila para serem lançados.


A terceira etapa de concessões de rodovias (trechos da BR-040 e da BR-116, em Minas), um investimento de R$ 6,3 bilhões, era esperada para o começo de 2009. Segundo a Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), a licitação só depende da aprovação dos estudos pelo TCU e da liberação pelo Ministério dos Transportes. O TCU rejeitou os custos apresentados pela ANTT no início de 2009. Desde então, o tribunal tem exigido novos ajustes, entre eles o desconto dos valores já investidos pelo poder público e a elaboração de projetos básicos de engenharia, além da realização de novos estudos de fluxo de tráfego.

Houve reunião técnica entre o TCU e a agência em outubro de 2010. A ANTT encaminhou novos documentos em dezembro e deve entregar outros, segundo o TCU. Não há prazo definido para a conclusão. O período de concessão é de 25 anos, e as licenças ambientais devem ser obtidas pelos futuros concessionários.

O trem-bala Rio-São Paulo, investimento de R$ 33 bilhões, teve a licitação adiada, de novembro de 2010 para 11 de abril deste ano. Os consórcios interessados pediram mais tempo para que pudessem realizar estudos. Apesar dos questionamentos da iniciativa privada em relação aos riscos de demanda e custo, a ANTT diz que o projeto, já aprovado pelo TCU, não será alterado. A concessão é por 40 anos.

Um empreendimento que está enfrentando questionamentos do TCU é a dragagem do porto de Vitória (ES). A licitação do projeto de R$ 115 milhões foi realizada no começo do ano passado, mas o processo foi suspenso a pedido do TCU, que indicou sobrepreço nos valor indicados no edital. A Secretaria de Portos cancelou o contrato existente e está revendo os valores do projeto. O edital deve ser publicado novamente entre fevereiro e março deste ano. A dragagem ampliará a profundidade de 6,5 metros a 11 metros para 14 metros.

No transporte sobre trilhos, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), de R$ 6,4 bilhões, é uma das apostas do governo federal. A Valec, estatal responsável pelo projeto, já entregou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) ao Ibama e abriu concorrência para o projeto executivo. A expectativa é que a licença ambiental saia em março, e as obras possam ser concluídas em 2014. O governo pretendia iniciar as obras ainda no ano passado, mas o licenciamento ambiental demorou.

A ferrovia começará a ser construída pela cidade de Campinorte (GO), onde se integra à Ferrovia Norte-Sul, até Lucas do Rio Verde (MT), trecho de 1.040 quilômetros. Nessa etapa, o investimento previsto é de R$ 4,1 bilhões. O segundo trecho da obra (R$ 2,3 bilhões) seguirá de Lucas do Rio Verde até o município de Vilhena (RO), com 598 quilômetros de malha.

A Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que vai dos municípios baianos de Ilhéus (BA) a Barreiras (537 km), deve ter o último trecho licitado neste ano, de Barreiras a Figueirópolis (TO). A Valec está preparando os estudos de impacto ambiental, e a previsão é que saia até 25 de fevereiro. Do investimento total de R$ 6 bilhões, R$ 4,2 já foram licitados.

Outros projetos ainda estão em fase de elaboração, como o Rodoanel Norte, aos cuidados da Secretaria de Transportes do Estado de São Paulo, e as obras de ampliação do aeroporto de Viracopos, em Campinas, sob responsabilidade da Infraero. O estudo de impacto ambiental do Rodoanel Norte (R$ 5 bilhões) está em consulta pública. O material da estatal Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) servirá para avaliação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para emissão da licença prévia. O governo do Estado pretende licitar a obra neste ano.

Em Viracopos, são R$ 737 milhões em investimento na adequação do atual terminal de passageiros e na construção de um novo. Os dois empreendimentos estão em fase de elaboração de edital para contratação de projetos e obtenção de licenciamento ambiental. Os editais são esperados para ocorrer até o fim de março e término das obras está marcado para 2013.

Fonte: Valor Econômico

Programa vá a pé do Kassab

Combinação do Programa "Vá a Pé" com o "Alaga São Paulo"



Com o aumento da tarifa de ônibus, em São Paulo, para R$3,00, o prefeito(?) Kassab acredita aumentar a eficiência e a popularidade de um dos seus principais programas – também do Serra e do Alckmin -, o “Vá a pé”.

Kassab aplica nesse programa o famoso conceito de “não-transporte”, acredita ele.

Mas o povo paulista não está aderindo ao programa como devia e está promovendo manifestações na cidade.

Ontem, os ingratos manifestantes, foram recebidos por vereadores e entregaram documentos pedindo a revogação do aumento e outras providências que visam a atrapalhar o sucesso do “Vá a pé”.

Enquanto isso, é cada vez maior o número de cidadãos e cidadãs que aderiram ao programa.

Com isso, os desgovernos demo-tucanos, além de deixar paulistas e paulistanos “na mão”, agora querem deixá-los “no pé”.

Fonte: http://festivaldebesteirasnaimprensa.wordpress.com/

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Caos no Transporte: viajar sentado

Caos no Transporte: menina com câncer enfrenta trânsito até o hospital

A primeira fase da linha 4 - Amarela deveria ter sido inaugurada em 2006, conforme promessa do Alckmin, passando para 2007, 2008, 2009,2010...

Veja o infográfico temporal da linha clicando aqui




RODRIGO PETRY - Agência Estado

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse hoje que até o final de 2011 deve ser finalizada a primeira fase das obras de construção da Linha 4 - Amarela da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). "Nós vamos completar a Linha 4, que é uma das mais importantes da cidade de São Paulo em razão da mobilidade", afirmou o secretário, ressaltando também a importância do modelo adotado de Parceria Público-Privada (PPP). "Nós precisamos mostrar para o capital privado que a união com o Estado funciona", comentou, após a cerimônia de posse do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

A primeira fase da Linha Amarela estará concluída com as inaugurações das estações Butantã, Pinheiros, República e Luz, que se juntarão às já entregues Faria Lima e Paulista. O secretário disse, porém, que "não gostaria de esperar até o final (do ano) para concluir as obras". Segundo ele, uma das primeiras iniciativas de sua gestão frente à Secretaria de Transportes Metropolitanos será estender, por tempo integral, a operação da Linha 4 entre as estações Paulista e Faria Lima, que atualmente operam somente de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h.

Sobre o reajuste do preço das passagens do metrô, o secretário disse que ainda não discutiu o tema com Alckmin. "Ainda temos 40 dias para pensar nisso. Tudo o que eu falar agora é chute", afirmou. Fernandes destacou que o governo vai trabalhar para descentralizar as decisões operacionais do metrô, o que poderia acelerar a resolução de eventuais problemas técnicos. "O metrô vem trabalhando no limite de sua capacidade de viagens", reconheceu.

Caos no transporte público

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Movimentação nos aeroportos da Infraero: janeiro a novembro de 2010



Segundo dados do site da Infraero, a movimentação dos aeroportos da Infraero apresentou os seguintes resultados:


2010 Aeronaves Passageiros Carga (kg) Mala Postal (kg)

Janeiro 205.081 13.362.072 83.518.539 8.955.944

Fevereiro 189.161 11.540.619 86.394.075 8.250.051

Março 217.763 11.742.506 105.036.153 11.392.413

Abril 207.606 11.602.202 100.273.693 11.670.192

Maio 219.816 11.506.015 100.175.560 15.521.708

Junho 214.819 11.679.844 105.987.460 14.144.339

Julho 229.613 13.876.422 99.324.080 14.899.555

Agosto 236.383 13.673.200 109.136.861 15.171.978

Setembro 232.431 13.657.218 111.401.788 14.670.828

Outubro 228.898 13.898.296 92.732.086 17.767.192

Novembro 226.253 13.107.923 73.820.052 15.967.336

Dezembro - - - -



Acumulado 2.407.824 139.646.317 1.067.800.347 148.411.536



Médias 218.893 12.695.120 97.072.759 13.491.958



Média pass/aeronaves/pouso: 58,00


Em 2009, tivemos os seguintes resultados:


2009 Aeronaves Passageiros Carga (kg) Mala Postal (kg)

Janeiro 179.113 10.408.914 71.786.631 13.193.759

Fevereiro 165.228 8.188.672 70.592.991 10.149.358

Março 189.196 9.485.606 87.090.193 16.498.799

Abril 182.485 9.687.219 79.830.289 14.643.058

Maio 189.889 9.707.086 78.303.671 17.874.120

Junho 185.619 10.740.783 111.354.783 14.499.729

Julho 197.436 11.762.565 85.886.601 18.942.065

Agosto 199.232 10.429.934 96.333.554 16.522.902

Setembro 190.722 11.051.769 94.680.133 16.273.267

Outubro 199.718 12.282.221 112.395.963 14.725.375

Novembro 201.502 11.551.273 111.068.369 12.545.761

Dezembro 210.810 12.839.574 115.431.077 15.643.381



Acumulado 2.290.950 128.135.616 1.114.754.255 181.511.574



Médias 189.104 10.481.458 90.847.562 15.078.927



Média pass/aeronaves/pouso: 55,93




Obs.: Aeronaves significa número de pousos/decolagens



Variação 2010/2009 (valores médios, faltando dezembro/2010)


Aeronaves: + 15,75%



Passageiros: + 21,12%


Carga (Kg): + 6,8%


Mala postal (kg): - 10,5%



.



Outro número importante a observar é a média de passageiros/aeronaves:



2009: 55,93



2010: 58,00


Como se vê, se as empresas conseguirem reduzir suas capacidades ociosas será possível transportar mais passageiros com o mesmo número de pousos e decolagens.


Mas não é uma tarefa fácil…

Tarifas de aeroportos serão definidas por desempenho

Segundo a Anac, o objetivo é melhorar a eficiência do setor e a qualidade do serviço oferecido

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou hoje que as tarifas aeroportuárias de pouso, permanência e embarque passarão a ser reguladas por critérios técnicos. O objetivo, segundo a Anac, é melhorar a eficiência do setor e a qualidade do serviço oferecido. As tarifas são cobradas pelos administradores de aeroportos brasileiros das companhias aéreas e dos passageiros sempre que é utilizada a infraestrutura para voos domésticos ou internacionais.

Em nota, a agência afirma que o objetivo é definir metas para que os reajustes de tarifas sejam concedidos de acordo com o desempenho do administrador do aeroporto. Até hoje, não havia uma norma específica para o tema e os reajustes eram concedidos de forma única para todos os aeroportos, sem um critério predefinido, após pedido do administrador e análise do órgão regulador.

Uma resolução aprovada ontem em reunião da diretoria da autarquia estabelece o modelo de regulação, em que serão definidos valores teto para as tarifas, com reajustes anuais, além de uma revisão a cada cinco anos quando serão novamente calculadas as metas dos aeroportos. A Anac informa que o reajuste anual será efetuado pelo índice de inflação IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, deflacionado por um Fator X de produtividade esperada do setor.

A revisão a cada cinco anos será feita com a análise de custos e receitas das operações dos aeroportos. O reajuste das tarifas, porém, será calculado de acordo com o desempenho dos aeroportos, baseado no alcance de metas de eficiência atribuídas pela Anac aos aeroportos e o nível de qualidade de serviço oferecido às companhias aéreas e aos passageiros. As metas de eficiência são calculadas em termos de redução do custo do aeroporto por passageiros e cargas transportados.

De acordo com a agência, a partir de 2013, os valores das tarifas serão estabelecidos mediante compromissos que implicam aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços dos aeroportos. Os ajustes dependerão dos resultados alcançados. Após a revisão em 2013, as metas serão reavaliadas em 2018, 2023 e assim sucessivamente. Esses parâmetros serão válidos tanto para as tarifas de pouso e permanência - pagas por companhias aéreas, de táxi-aéreo ou operadores de aeronaves particulares e outras sempre que utilizam os aeroportos - e para as taxas de embarque - que as empresas aéreas recolhem dos passageiros e repassam para o administrador aeroportuário.

Descontos

A Anac informa que a nova resolução prevê também que poderão ser concedidos descontos, pelos administradores aeroportuários, em qualquer das tarifas aeroportuárias com base em critérios objetivos, como facilidades de horários e de temporadas, que devem ser tornados públicos aos usuários com antecedência mínima de 30 dias.

Já o teto previsto para cada tarifa poderá ser acrescido de até 20% em horários de pico, por exemplo, de modo a motivar o melhor uso da infraestrutura do aeroporto ao longo do dia. Entretanto, a majoração no teto da tarifa em algum período deverá ser obrigatoriamente compensada por descontos em outros períodos, desde que, ao final de um ano, o valor médio arrecadado com essas tarifas não ultrapasse o limite estabelecido pela agência.

As novas regras foram decididas depois de audiência pública pela internet e presencial realizadas pela Anac, quando foram ouvidas as companhias aéreas, Infraero (estatal que administra os aeroportos), outros administradores aeroportuários e demais usuários.

Ipea: Brasileiro usaria mais transporte público se a qualidade fosse melhor


O transporte público é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros dentro das cidades. Segundo a Pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 43,4% da população usa ônibus, metrô ou outros meios coletivos para se locomover. No entanto, uma histórica falta de estrutura no sistema faz com que parte da população opte por andar em seus próprios veículos.


O publicitário Ronaldo Santos toma ônibus ou metrô diariamente para ir de sua casa, em Taguatinga, até o trabalho no Setor Comercial Norte. Mesmo morando perto de uma estação de metrô e com a dificuldade que há para estacionar na Asa Norte, ele pretende comprar um carro até maio e se juntar aos cerca de 1,3 milhão de veículos que já circulam no Distrito Federal. “Hoje, vejo que a saída é pagar por estacionamento. Colocando na balança, vale a pena gastar mais para vir de carro do que enfrentar chuva, sol e demora de ônibus”, compara.

Para o diretor-superintendente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Marcos Bicalho dos Santos, falta no país uma política de mobilidade urbana que dê prioridade ao transporte público. Segundo Bicalho, uma série de medidas tomadas no Brasil ao longo dos últimos anos incentivou o uso dos automóveis. “Nós tivemos subsídio ao preço da gasolina, depois ao preço dos veículos, das motocicletas, que causou essa explosão na frota, sem que o sistema viário das cidades tivesse condições de suportar esse aumento”, explica.

Problemas crônicos

O crescimento da frota de veículos particulares afeta qualidade do serviço de transporte público, principalmente de ônibus, segundo Bicalho. Ele defende que a maior quantidade de carros nas ruas, sem a preparação viária adequada, acaba causando mais congestionamentos e reduz a produtividade das empresas. “Uma viagem que se fazia em 10 minutos passa a durar duas horas. Para manter o mesmo intervalo exige-se um aumento da frota, de motoristas, cobradores. Com isso, os custos sobem mais do que em qualquer processo inflacionário normal”, argumenta.

Rapidez, variedade de horários e pontualidade são fatores importantes para a escolha dos usuários. A Região Sudeste, segundo os dados do Ipea, é a única do país em que mais da metade dos entrevistados (50,7%) usa transporte público como principal meio para se deslocar. E os números mostram que a escolha dos usuários pode estar relacionada à qualidade do serviço prestado, uma vez que a região é, também, a que tem a maior porcentagem de pontualidade apontada pelos passageiros: 51,5% deles afirmam que o transporte está sempre no horário.

O país tem, hoje, 46 cidades com mais de 500 mil habitantes que precisam ter resolvidos os problemas crônicos de transporte. Em 12 delas está sendo implantado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da modalidade urbana, devido à Copa do Mundo de 2014, com projetos de mobilidade brasileiros que são usados em 80 países do mundo, mas não foram totalmente desenvolvidos aqui. “Temos experiências que datam da década 70, por exemplo, em Curitiba, onde há o BRT (Bus Rapid Transit) com o objetivo de priorizar o transporte coletivo. Agora o governo federal acordou, depois de praticamente duas décadas ausente nos investimentos no setor. Acredito que é apenas um primeiro passo para reverter essa crise”, diz Bicalho.

Comida

O estudo mostra ainda que o brasileiro passou, entre 2003 e 2009, a gastar com transporte, a cada mês, praticamente a mesma quantia que desembolsa para alimentação. Em uma comparação com dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ipea aponta que os gastos para se deslocar pela cidade somaram R$ 419,20 mensalmente em 2009, enquanto em 2003 o valor destacado para este fim era de R$ 375,90. No consumo de alimentos, a população gasta, em média, R$ 421,70.

O valor destinado ao transporte é superior, também, a cuidados como assistência médica e vestuário. Em 2009 o brasileiro gastou, em média, R$ 153,80 com saúde, e R$ 118,20 com roupas. As quantias são menores até mesmo do que a dedicada à aquisição de veículos: R$ 181,70.

Medo de assaltos

A insegurança é um dos motivos também observados por quem prefere usar carro como meio de transporte na cidade. Dados do Ipea apontam que 41,9% dos brasileiros já foram assaltados ou conhecem alguém que tenha sido ao se deslocar pela cidade onde mora. Laís Amorim, 21 anos, afirma que gostaria de fazer faculdade no período da noite devido à maior facilidade para conciliar horários com estágios. No entanto, ela se matriculou no período da manhã para se preocupar menos com assaltos e atrasos, mesmo tendo que sair do Gama, onde mora, até duas horas antes do início de suas aulas, no Plano Piloto. “É perigoso andar à noite e é complicado se organizar com os horários dos ônibus. Às vezes eu dirijo, mas se os ônibus melhorassem, eu abriria mão”, diz a estudante.

O funcionário público Pedro Raimundo da Silva foi motorista de ônibus em Brasília entre 1970 e 1973. Ele acredita que o sistema de transporte depende, também, de outros setores. “No início da cidade, o serviço era outro, mas nós também tínhamos mais segurança, por exemplo. Não se ouvia falar em assaltos a ônibus naquela época”, lembra.

Fonte: Correio Braziliense

Prosinal sinalizou mil quilômetros além da meta


Se em novembro o DNIT já havia superado a meta de sinalização anual, era de se esperar que o Prosinal fechasse o ano de 2010 com chave de ouro. O Programa de Sinalização de Rodovias, que tinha como meta sinalizar 15 mil quilômetros de extensão, registrou, até o último dia do ano, exatos 16.141 quilômetros com trabalhos executados.


A média mensal de sinalização executada chegou a 1.345 quilômetros de extensão por mês. Para se ter uma idéia, esta é, na BR-101, a mesma distância entre Touros (marco zero da rodovia no Rio Grande do Norte) até Gandu (no meio do estado da Bahia). A média diária chegou a 53 quilômetros. É como se as equipes do Prosinal sinalizassem a ponte Rio-Niterói, que tem 13 quilômetros de extensão, quatro vezes no mesmo dia.

Em relação ao alvo de 2010, a execução foi de 107%. Nada menos que 28% da extensão da malha federal pavimentada sob a responsabilidade do DNIT, que é de aproximadamente 56 mil quilômetros. Desde julho de 2006, quando foi lançado o Prosinal, 68.650 quilômetros de rodovias receberam pintura de faixas, de meios-fios e acostamento, novas placas e dispositivos de segurança como tachas refletivas e painéis de mensagem variável.

São 12 mil quilômetros além da extensão total da malha sob jurisdição da autarquia. Isso acontece porque, desde o lançamento do Prosinal, o trabalho passou a ser realizado como serviços contínuos, assim como a manutenção de rodovias. Graças a esta postura do Governo Federal a sinalização é executada constantemente, até refazendo trechos quando necessário.

Os contratos atuais valem até julho/2011. Segundo Luiz Cláudio Varejão, Coordenador Geral de Operações Rodoviárias do DNIT, a continuação do Prosinal está garantida uma nova licitação abrangendo toda a extensão da malha. “Com isto, estamos garantindo muito mais segurança nas estradas. A partir de março, inclusive, teremos o reforço da fiscalização eletrônica, com lombadas e radares fixos, cujos contratos já foram assinados”, comentou Varejão.

Para execução da sinalização nas rodovias federais, desde julho de 2006 o investimento do Governo Federal chegou a R$ 575 milhões.


Fonte: DNIT

Governo quer reduzir ganho de concessionárias de rodovias com obras

Resolução da ANTT vai fixar um porcentual menor para melhorias; licitação de linhas de ônibus interestaduais também deve sair ainda este ano



O Estado de SP, por Renato Andrade e Karla Mendes
 
O governo quer resolver a partir de março duas polêmicas na área de transportes. A primeira medida vai reduzir o ganho das concessionárias de rodovias após a execução de melhorias nas estradas. A segunda ação será o início efetivo do processo de licitação das mais de 2 mil linhas de ônibus que fazem o transporte interestadual de passageiros.


A alteração na chamada taxa interna de retorno (TIR) dos investimentos das concessionárias vem sendo discutida desde o ano passado. A proposta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é editar uma resolução que fixa um porcentual mais baixo para novas obras. Com isso, os investimentos ficariam mais baratos, reduzindo a necessidade de reajustes maiores no valor dos pedágios.

Os contratos de concessão, assinados em meados dos anos 1990, estabeleciam, em média, uma taxa de retorno de 18% sobre o valor investido. Diante do cenário econômico atual - com taxas de juros e inflação mais baixas -, a ANTT quer reduzir o ganho das concessionárias.

“Uma taxa de18% em 1996 era boa, mas hoje é um absurdo”, disse o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, ao Estado. “Estamos criando uma resolução para, nos casos de alteração de compromissos assumidos, ou seja, executar novas obras, em vez de analisar o equilíbrio financeiro olhando as condições originais do contrato, vamos olhar a situação do momento. Qual a taxa de retorno de mercado hoje? É 10%? Então não vou usar 18%.”

Segundo Figueiredo, a resolução será uma espécie de aditivo aos contratos de concessão, para evitar questionamentos judiciais. A preocupação é que algumas rodovias, como a Dutra - que liga o Rio a São Paulo -, precisam de investimentos, mas, se tiverem taxa de retorno alta, o custo final da obra será alto, o que abrirá espaço para reajustes elevados nos pedágios para manter um equilíbrio entre as despesas e receitas das concessionárias.

Se as empresas não aceitarem tocar as obras pelos novos parâmetros, o serviço poderá ser feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Segundo Figueiredo, não há problema nisso, porque as novas obras não estavam previstas nos contratos.

Passageiros. Depois de sucessivos atrasos, a ANTT também pretende resolver este ano o processo de licitação das linhas de transporte de passageiros interestaduais, que respondem por quase 95% dos deslocamentos de pessoas no País. O modelo para licitação já foi definido e a agência espera estar com todo o processo concluído antes de dezembro, no prazo acertado com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público.

As linhas de ônibus que ligam os Estados e fazem as viagens internacionais foram divididas em 90 lotes que serão disputados pelas cerca de 250 empresas do setor. Segundo Figueiredo, a modelagem já foi aprovada pelo Ministério dos Transportes e o estudo de viabilidade será encaminhado ao TCU. O modelo ficará em audiência pública a partir de março. Em paralelo, a ANTT começará a trabalhar no edital de licitação e nos contratos.

As empresas de ônibus têm operado as linhas com licenças especiais desde 2008, quando venceram as outorgas. O TCU e o Ministério Público pressionaram a ANTT para acelerar a licitação, mas a agência considerou insatisfatórios os dados repassados pelas empresas e adiou o processo. Nesse intervalo, fez um levantamento para identificar o número de ônibus e passageiros que circulam nas linhas e o valor arrecadado com as passagens.

Para cada lote, a ANTT incluirá linhas rentáveis e trajetos que geram menos receita. Segundo Figueiredo, uma das preocupações foi criar lotes com “consistência geográfica”. “Não posso ter um grupo de linhas com uma no Nordeste, outra no Rio Grande do Sul e outra na Amazônia. Isso ninguém consegue operar.”

ANTT fixará prazo para o reparo de linhas



O governo quer começar a resolver, ainda neste ano, o problema de subutilização e abandono de quase 65% da malha ferroviária que está sob controle da iniciativa privada. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) lançará em março uma resolução que fixará um prazo para que as concessionárias definam planos de recuperação ou devolvam os trechos.


“As concessionárias vão ter um prazo para recuperar ou para devolver. Se devolverem, vamos discutir indenizações onde couber, mas o que está sob concessão tem de estar em condições de operar”, disse o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo.

A proposta faz parte de um pacote de medidas que a agência tem discutido com o setor para tentar resolver gargalos - como a falta de investimentos - antes da edição do novo marco regulatório do setor, que está parado desde o ano passado. Segundo a agência, 28 mil quilômetros de linhas férreas foram transferidos do governo para a iniciativa privada na década de 1990. Desse total, apenas 10 mil são explorados adequadamente. “Outros 10 mil quilômetros são subutilizados e 8 mil estão abandonados”, disse Figueiredo.

“Tem trecho que não tem nem trilho, nem dormente mais.” A possibilidade de devolver trechos já era prevista nos contratos. A América Latina Logística (ALL), uma das quatro grandes empresas do setor, acertou em setembro do ano passado a devolução ao governo federal de quatro trechos da Ferrovia Norte Brasil (Ferronorte) que seriam construídos para melhorar o escoamento da produção das regiões Norte e Centro-Oeste para o Sul e Sudeste. A grande novidade da resolução é fixar um prazo para que os trechos sejam devolvidos ou recuperados.

Além disso, a ANTT pretende editar, nas próximas semanas, resoluções mudando algumas regras do setor. Uma delas obrigará as concessionárias a terem metas de utilização para cada trecho sob seu controle, o que pode ajudar a incrementar os investimentos em toda a malha administrada pela iniciativa privada - as regras vigentes definem apenas uma meta global para toda a área de concessão.


Fonte: Frota&Cia

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Quixote das hidrovias começa a ganhar batalhas

Envolverde



24 de janeiro de 2011 às 18:34h


Por Mario Osava, da IPS

Brasília – Somente a ignorância impede o Brasil de contar com uma ampla rede de hidrovias, um potencial desperdiçado de seus grandes rios, lamenta José Alex de Oliva, superintendente de Navegação Interna da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Com mais de três décadas de militância a favor das vias fluviais, como a do Rio Madeira, no noroeste do país, José Alex sonha com a viabilização do “eixo estratégico da América do Sul”, unindo as bacias do Orenoco, Amazonas e Rio da Prata, partindo da Venezuela para cruzar Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

Contudo, sua persistente luta pelo transporte fluvial, como voz quase isolada e que lhe custou o apelido de “Quixote das Hidrovias”, não evitou o atraso do setor. Somente em novembro, foram inauguradas as eclusas de Tucuruí, no Rio Tocantins, no Pará, após 29 anos de construção interrompida várias vezes. O custo final, de US$ 1 bilhão, triplicou o que se teria gasto para construí-las simultaneamente à hidrelétrica em operação desde 1984, segundo José Alex.

O desconhecimento de sua importância por parte da sociedade, do governo e de empresários, limita os investimentos em transporte fluvial, apesar de seus custos mais baixos em relação ao uso de rodovias, em um país de longas distâncias como o Brasil. É preciso “educar, tirar preconceitos das pessoas”, acrescentou. Ignora-se que os navios podem ter vida útil econômica de 50 anos nos rios, o dobro da vida marítima, e que o avanço tecnológico permite transportar cargas pesadas em cursos fluviais de pouca profundidade, acrescentou. “Todos os rios são navegáveis, dependendo da finalidade”, inclusive os que têm pedras, que podem ser usados para esportes, ressaltou.

Como as ferrovias também são escassas no Brasil, as rodovias concentram 60% do transporte nacional de cargas, o que encarece a produção e provoca mais contaminação. Multiplicar as estradas e os veículos automotores foi prioridade na estratégia de desenvolvimento brasileiro na segunda metade do Século 20. Agora, há “um forte movimento” a favor de hidrovias, em contraste com o passado em que “nenhum setor brigava por elas”, disse Olivier Girardi, sócio da consultora Macrologística. É um “momento crucial” para ampliar este modelo de transporte, disse este especialista.

A oportunidade surgiu com o auge da produção agrícola no Centro-Oeste do Brasil e a forte expansão também em outras regiões distantes dos portos do Atlântico, acentuando as carências de infraestrutura logística do país. Antes, o interior do Brasil afastado da costa oceânica não tinha uma produção em escala que fizesse indispensável o transporte fluvial e ferroviário, que, em geral, se destinam a produtos pesados e volumosos, de pouco valor agregado. A exceção eram os minerais, que justificaram a construção de vários corredores hidroviários para levá-los para o exterior.

Por isso, os adiamentos das eclusas de Tucuruí não despertaram pressões fortes. O Tocantins, que passou a ser navegável nos seus últimos 700 quilômetros, une o centro do Brasil, que começa a ganhar densidade econômica, a um porto marítimo no Norte do país. O Centro-Oeste também vive agora um forte crescimento econômico. Assim, o custo do transporte para o negócio agropecuário aumentou 147% entre 2003 e 2009, segundo a Associação Nacional de Exportadores do Ceará, que estima em 70% a parte de grãos transportada em caminhões.

Em seu estudo “Norte Competitivo”, que elaborou para o setor industrial, a Macrologística apontou as hidrovias como as melhores alternativas para corrigir as dificuldades logísticas da região amazônica e arredores. “As ferrovias são a segundo opção”, pois seu elevado custo de implantação exige a segurança de uma demanda à altura dos investimentos, disse Olivier. O Plano Nacional de Logística e Transporte, adotado pelo Ministério do Transporte em 2007, prevê a ampliação da participação do transporte fluvial de 13%, em 2005, para 29% até 2025.

Os defensores das hidrovias, como José Alex, responsabilizam o setor energético por essa baixa presença da navegação interna na matriz brasileira de transportes. O uso dos rios ficou nas mãos do Ministério de Minas e Energia, diante da urgência em gerar mais eletricidade. Os concessionários de complexos hidrelétricos deveriam cuidar também das eclusas, já que impõem um novo obstáculo à navegação. Além disto, o custo é muito mais baixo quando são construídas simultaneamente com as represas.

Entretanto, os projetos hidrelétricos, em geral, excluem as eclusas para não encarecer a energia. O preço inferior da eletricidade a ser gerada é decisivo nas licitações promovidas pelo governo para concessão do aproveitamento dos rios. O setor de transporte ganhou o apoio da Agência Nacional das Águas, que defende usos múltiplos para os recursos hídricos, mas esta ainda é uma batalha em curso.

Olivier propõe que em casos como o da bacia do Tapajós, afluente do Amazonas, as autoridades de transporte se adiantem criando uma hidrovia, antes de definir o aproveitamento hidrelétrico, para não ficarem reféns do setor energético e transferir-lhe o custo das futuras eclusas.

O transporte fluvial também enfrenta travas institucionais. No passado, o descaso com que era tratado se refletiu na ausência de um organismo governamental para sua gestão, recordou José Alex. As hidrovias estiveram por um tempo confundidas com os portos, que mesclava terminais marítimos e fluviais. Depois passaram a companhias estatais que administravam portos de forma descentralizada, eliminando a possibilidade de uma política nacional. Os recursos destinados à infraestrutura fluvial tinham, então, que passar por vários organismos sem afinidade, agravando as travas burocráticas e a incerteza, tudo o que desestimulava investimentos privados nesse tipo de transporte, disse o chefe da Antaq.

No Ministério dos Transportes, que “gasta 90% de seu tempo cuidando das estradas”, o tema também transitou por várias secretarias e departamentos. A Antaq, órgão regulador nascido em 2001, criou a Superintendência de Navegação Interna que, diante do vácuo na formulação da política de hidrovias, promove o debate sobre a questão por meio de seminários e aprova regulações que vão abrindo caminhos para esse tipo de transporte.

As hidrovias também enfrentam a oposição de muitos ambientalistas que condenam a eliminação de rochas, a dragagem e outras intervenções que alteram o fluxo e o curso dos rios, prejudicando a biodiversidade. “São os ONGangotangos”, como José Alex chama as organizações não governamentais que considera pouco sérias. Envolverde/IPS

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica/o-quixote-das-hidrovias-comeca-a-ganhar-batalhas

Gasto com transporte é igual a despesa com alimentação

SIPS sobre mobilidade urbana também mostra que, de 2000 a 2010, caiu o número de pessoas por automóvel

O Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana, divulgado nesta segunda-feira, 24, revela que 44,3% da população brasileira tem no transporte público seu principal meio de deslocamento nas cidades. Na região Sudeste, o percentual atinge 50,7%. Apesar da importância desse tipo de transporte, a quantidade de ônibus em circulação no Brasil cresceu menos, de 2000 a 2010, que a quantidade de veículos particulares. Hoje, há um ônibus para cada 427 habitantes, e, em 2000 era um para 649 pessoas. Em relação aos carros, a proporção hoje é de um automóvel para cada 5,2 habitantes, enquanto há dez anos era de 8,5.

Apresentado pelo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, o SIPS de mobilidade urbana revela também os contrastes nos tipos de transporte de cada região brasileira. Quase 50% das pessoas que andam de ônibus no país estão na região Sudeste, enquanto 45,5% daqueles que utilizam bicicleta moram na região Nordeste. Da mesma forma, 43,4% dos utilizadores de motocicleta também estão no Nordeste.

“Houve uma mudança de ponto de vista da composição da frota. Em 2000, os automóveis eram 62,7% do total de veículos no Brasil. As motos eram 13,3%. Agora, em 2010, os automóveis são 57,5%, contra 25,2% das motos”, afirmou Pochmann. “Para cada ônibus novo surgido colocado em circulação nos últimos dez anos, apareceram 52 automóveis”, continuou o presidente do Ipea.

Um dos dados citados na apresentação do estudo, retirado da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), é o de crescimento dos gastos com transporte no País. Em 2000, esse tipo de serviço abocanhava 18,7% das despesas de consumo do cidadão, em média. Em 2010, chegou a 20,1%, enquanto a alimentação caiu de 21,1% para 20,2% no mesmo período.

O SIPS traz, ainda, informações preocupantes sobre a quantidade de pessoas afetadas por congestionamentos em cada região do Brasil. No geral, 69% dos cidadãos disseram que enfrentam engarrafamentos. De cada três brasileiros, dois tiveram a percepção de que a sinalização de trânsito é ruim. Em relação à segurança, 32,6% declararam que não se sentem seguros nunca ou se sentem apenas raramente no meio de transporte que mais utilizam.

Pochmann concluiu que a expansão da frota brasileira na última década se deu especialmente por meio de motos e automóveis. “Houve crescimento no transporte coletivo, mas não na mesma proporção. A população tem interesse em usar o transporte público, mas ainda precisa identificá-lo mais com características de rapidez, melhor preço e segurança. Há espaço para ação em matéria de políticas públicas”, disse.


Leia a íntegra do SIPS Mobilidade Urbana

Veja a apresentação com os mapas

Manifestantes colocam fogo em

ônibus na zona leste da capital

Protesto acontecia por causa dos alagamentos causados pelas chuvas


Manifestantes atearam fogo em um ônibus na avenida Nordestina, na zona leste de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (24). No horário, cerca de 100 pessoas bloqueavam a avenida, em protesto contra as chuvas que provocam alagamentos na região.


De acordo com o Corpo de Bombeiros, alguns manifestantes colocaram fogo em pneus para bloquear a via. Eles também tentavam incendiar ônibus que passavam pela avenida.

Por volta das 16h20, a CET ainda não sabia informar se o protesto atrapalhava o trânsito na região.

São Paulo inundou mais uma vez -

E a Globo dizendo todo dia que a culpa é do lixo que os paulistas jogam em córregos e rios. Será que é lixo os 4 milhões de metros cúbicos que assorearam os rios Tietê e Pinheiros?



Com informações do R7 e G1

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão ligado à Prefeitura de São Paulo, colocou a marginal Tietê e a região da Penha, na Zona Leste, em estado de alerta, às 22h deste domingo (23), devido à chuva forte que atinge a capital paulista. Pouco antes, às 20h20, o centro já havia anunciado o estado de alerta para as zonas Norte, Leste, Oeste e região central de São Paulo, além das marginais Pinheiros e Tietê.

Por volta das 22h, o Rio Tietê havia transbordado na altura da Rodovia Presidente Dutra e a Marginal Tietê e a Subprefeitura da Penha, na Zona Leste de São Paulo, foram colocadas em estado de alerta.

Foi a segunda vez que o CGE colocou parte da capital paulista em atenção por causa da chuva neste domingo. No final da tarde, as zonas norte, leste e marginal Tietê chegaram a ficar em atenção por 45 minutos, das 16h50 às 17h35. A zona oeste e a região central também tiveram a restrição decretada, mas por menos tempo: das 17h10

Às 22h40, por causa da chuva forte, a cidade tinha, no horário, 35 pontos de alagamento intransitáveis, a maior parte deles é instransitável. Grande parte se concentrava nas subprefeituras da Mooca e Vila Prudente, na Zona Leste da capital paulista, e da Lapa, na Zona Oeste. Rio Tietê transbordou na altura da Rodovia Presidente Dutra.

Por causa da forte chuva, o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, ficou fechado para pousos e decolagens das 20h55 às 21h23 deste domingo.

Os flagrantes abaixo foram registrados por leitores do G1

Equipe de investigadores assume Transportes em SP

Antes comandada por engenheiros, secretaria terá PM e promotor em chefias

Nomeados vão revisar contratos e licitações da pasta, foco de denúncia de tráfico de influência na gestão de José Serra

CATIA SEABRA E DANIELA LIMA – FOLHA SP

DE SÃO PAULO

O governo Alckmin nomeou uma equipe de inteligência para a Secretaria de Logística e Transportes.

A pasta, em geral comandada por técnicos da área de engenharia, será dirigida por um ex-diretor da Kroll (empresa de investigação), um coronel da Polícia Militar e um promotor.

Sob o comando do procurador de Justiça Saulo de Castro Abreu -homem de confiança de Geraldo Alckmin que na gestão anterior do tucano foi secretário de Segurança- o time da secretaria responsável pela estrutura rodoviária do Estado ganhou perfil policial.

A nova equipe tem como tarefa a revisão de contratos e licitações da secretaria, foco de denúncias de superfaturamento e tráfico de influência na gestão de José Serra (PSDB) no Estado.

Saulo negou, porém, que a disposição de vasculhar a estrutura herdada tenha determinado a escolha dos nomes.

“São pessoas de confiança, que já trabalharam comigo. Gente para tocar os projetos seriamente”, afirmou.

Mas ao justificar a escolha de seus colaboradores, o secretário citou a preocupação com austeridade e lisura dos negócios da pasta.

PAULO PRETO

Foi assim, por exemplo, que Saulo explicou a nomeação de Laurence Casagrande Lourenço, ex-diretor da Kroll, para a presidência da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A).

A estatal ocupou o noticiário na última eleição presidencial depois que o seu ex-diretor, Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, foi acusado por suposto desvio de recursos da campanha de José Serra.

Paulo Preto também foi acusado por suposto tráfico de influência depois que um dos consórcios construtores do Rodoanel subcontratou a empresa de sua mãe. Ele nega todas as acusações.

Sua atuação é investigada pela Promotoria de SP.

“A Kroll deu ao Laurence experiência na iniciativa privada, superfaturamento de contratos etc”, disse Saulo.

A multinacional Kroll foi alvo da CPI dos Grampos na Câmara, sob suspeita de patrocinar espionagem e escutas ilegais. A empresa nega.

Para a direção do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Saulo recrutou o coronel João Cláudio Valério.

Ele integrou o batalhão de choque da PM por oito anos e, durante a gestão de Saulo na Segurança, administrou o orçamento da pasta.

Ao ser reformado, em 2006, Valério disse após receber homenagem: “Você sai da polícia, mas a polícia não sai de você”.

Segundo Saulo, foi a experiência do coronel na administração de gastos que definiu sua escolha.

GABINETE

Para a chefia de gabinete, Saulo nomeou o promotor de Justiça Ivan Francisco Pereira Agostinho. Caberá a ele o controle das despesas da pasta, além da orientação em ações judiciais.

“Ele tem formação jurídica e é rígido com a questão de gastos”, elogiou o secretário.

Saulo convocou outros nomes de sua equipe.

Nomeada para a diretoria financeira da Dersa, Maria das Graças Bigal auditou contratos de terceirização em 1995, quando Saulo era corregedor-geral do Estado. Na Segurança, foi diretora administrativa e financeira da extinta Febem.

Ex-assessor especial de Saulo, Moacir Rossetti será secretário-adjunto. Sua missão, descreve Saulo, é “tocar os grandes projetos”.

“A preocupação básica é reestruturar a secretaria, dar rumo à Dersa. É preciso ter um viés menos obreiro e mais de logística, buscar a redução do custo São Paulo.”

BRASIL CRESCENDO -Investimento da União atinge 3,5% do PIB

Clique na imagem acima para ampliá-la


Inversões feitas pelo governo e pelas estatais federais sobem pelo sétimo ano seguido em 2010





Sergio Lamucci

VALOR

De São Paulo

O investimento da União e das estatais federais subiu pelo sétimo ano seguido em 2010, atingindo perto de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo números da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. O volume investido é um pouco superior aos 3,26% do PIB de 2009 e mais que o dobro do 1,59% do PIB registrado em 2003. As inversões do governo federal tiveram um impulso mais significativo em 2006, ganhando fôlego nos anos seguintes com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 2007.

Entre as estatais, o grande destaque é a Petrobras, que, sozinha, investiu o equivalente a 2,03% do PIB nos 12 meses até outubro. É quase 70% a mais que o 1,21% do PIB investido pela União nos 12 meses até novembro de 2010. Uma pequena parte dos investimentos da Petrobras é feita fora do país, em torno de 5% do total.

Nesse quadro, a União e as estatais federais responderam por 17,9% do total investido na ampliação da capacidade produtiva no ano passado, considerando que a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida das contas nacionais do que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos) ficou em 19% do PIB em 2010 e a Petrobras faz 95% das inversões dentro do país. Em 2009, a fatia federal no investimento total havia sido um pouco maior – 18,7% de uma formação bruta de capital fixo de 16,9% do PIB.

Isso ocorreu porque, com a crise global, as inversões públicas se ampliaram no momento em que o setor privado se retraiu. Os números de 2009 e 2010 mostram que houve mudança significativa da participação da União e das estatais no investimento total em relação aos anos anteriores. Em 2003, ano de forte ajuste fiscal, a fatia foi de 10%. Mesmo em 2008, quando o investimento público já estava em recuperação, não chegou a 13,5%.

As inversões do governo federal ganham força a partir da segunda metade da década, depois de alguma recuperação esboçada em 2004 e 2005. O professor Francisco Luiz Lopreato, da Unicamp, diz que houve uma mudança de orientação na política econômica a partir de 2006, abrindo espaço para uma elevação mais consistente do investimento público.

Entre outras medidas, ele lembra que o governo lançou o PAC e fortaleceu as estatais e os bancos públicos, como o BNDES, além de ter reduzido o superávit primário (a economia para pagar os juros da dívida) a partir de 2009, para combater os efeitos da crise global. Com isso, os investimentos federais atingiram um nível que já faz diferença para a atividade econômica, acredita Lopreato. “A visão se tornou mais desenvolvimentista a partir de 2006, com a saída de Antonio Palocci e a entrada de Guido Mantega na Fazenda.”

Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, houve uma percepção de que os investimentos precisavam se intensificar “desde 2007, com o PAC.” O problema, na visão de Vale, é que o “programa ainda não funciona efetivamente, com muita concentração em projetos da Petrobras e da Eletrobras “.

Ele reconhece a “tentativa de aceleração dos investimentos” a partir da crise global, mas observa que, mesmo com a alta recente, o volume de investimento público no Brasil é pequeno em relação ao dos outros emergentes, “onde, em geral, fica acima de 7% do PIB”. Se forem incluídas as inversões de Estados e municípios, o volume investido pelo setor público brasileiro em 2010 ficou em 5,1% do PIB, segundo números do Ministério da Fazenda.

Vale também vê com preocupação o fato de o volume de investimentos ser muito concentrado na Petrobras, que responde por quase 60% da soma de gasto da União e das estatais federais em 2010.

A análise das inversões da Petrobras ao longo da década mostra um salto impressionante a partir de 2002, quando a empresa passou a investir mais que a União. Em 2009, o volume investido pela companhia, equivalente a 1,97% do PIB, foi quase duas vezes superior ao 1,01% do investimento do governo federal. Para os próximos anos, a expectativa é que a empresa continue nessa trajetória, por conta da exploração do petróleo na camada pré-sal.

O economista Cláudio Fritschak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, diz que houve um esforço nos últimos anos para aumentar o investimento público, mas também considera muito baixo o volume destinado à infraestrutura. Ele estima que, entre 2008 e 2010, o país investiu no setor, somando recursos públicos e privados, uma média anual de 2,42% do PIB, abaixo dos 3% do PIB que seriam necessários para evitar a degradação do estoque de capital já existente.

Para Frishtak, enfrentar a questão fiscal é decisivo para elevar os recursos para a infraestrutura, por dois motivos. O primeiro é controlar o ritmo de alta dos gastos correntes (pessoal, aposentadorias, custeio da máquina) para abrir espaço para o investimento público crescer mais. O outro é permitir uma redução dos juros que facilite a criação de um mercado de títulos privados de longo prazo, importante para desenvolver alternativas para financiar o investimento por períodos dilatados.

Um dos principais desafios do governo neste ano será manter em alta a trajetória do investimento num quadro de ajuste fiscal. Se quiser buscar a todo custo a meta de superávit primário de 3,1% do PIB, será necessário sacrificar investimentos, dizem especialistas em contas públicas como Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Para Vale, como os investimentos são prioridade para a presidente Dilma Rousseff, não deverá haver corte das inversões, que tenderiam a continuar a crescer acima da variação do PIB. Uma das consequências é que a meta fiscal não deverá ser cumprida, acredita ele

Petróleo e ferrovias dinamizam portos do Norte e do Nordeste

Infraestrutura: Movimentação de cargas nas regiões já supera a do Sul





André Borges

VALOR

De Brasília

Até 2005, o complexo industrial portuário de Suape, em Pernambuco, era um porto mediano, movimentando 4,3 milhões de toneladas de carga, volume que o colocava no mesmo nível de alguns de seus vizinhos, como o porto de Maceió ou o de Areia Branca, no Rio Grande do Norte. Passados cinco anos, a realidade de Maceió e Areia Branca pouco mudou. Já Suape mostra outra realidade. Em 2010, o complexo de Pernambuco movimentou volume superior a 9 milhões de toneladas de carga, mais que o dobro de cinco anos atrás.

O crescimento foi alto, diz Geraldo Júlio, presidente de Suape, mas não chega a fazer sombra à movimentação que o porto projeta para 2013. O porto se prepara para 30 milhões de toneladas por ano, uma revolução que será causada por duas obras: o início das operações de Abreu e Lima, refinaria da Petrobras em construção no complexo, e o escoamento de produção que será trazido pela estrada de ferro Transnordestina.

As ambições de Suape são o reflexo do que o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho, classifica como “uma nova curva no fluxo das cargas portuárias” do país. “Está havendo um deslocamento de vetores entre os portos em função dos projetos de infraestrutura e de logística.”

Com base em dados da Antaq, o Valor fez um levantamento sobre a movimentação de cargas de 2005 e 2009 – o balanço de 2010 ainda não foi consolidado – entre os 38 portos organizados (públicos) do país e dividiu esse levantamento por regiões. Os dados não incluem as cargas dos terminais privativos. O cenário mostra que os 18 portos do Norte e Nordeste, somados, mantiveram a média anual de 26% do bolo nacional. O Sudeste, puxada pelo porto de Santos, continua a ser, de longe, a região mais movimentada, com 53% da carga do país. O que encolheu foi a movimentação do Sul, que oscilou 27% para 21%, ou seja, os portos do Norte e Nordeste assumiram a segunda posição no fluxo de cargas.

Na lista desses 18 portos, em particular, destaca-se o desempenho individual de quatro deles: Vila do Conde, no Pará; Pecém, no Ceará; Itaqui, no Maranhão; e Suape. Dos 18 portos dessas duas regiões, esses quatro portos foram responsáveis por mais de 60% de toda a movimentação verificada em 2009, uma participação que certamente avançou ainda mais no ano passado. Dados parciais de 2010 apontam que a movimentação de carga em Vila do Conde saltou de 10,7 milhões de toneladas em 2005 para 17 milhões no ano passado. No mesmo período, Pecém subiu de 1 milhão para 3,1 milhões de toneladas. Itaqui, que enfrentou uma série de atrasos em suas obras, foi o que o menos cresceu, oscilando de 11,6 milhões para 12,6 milhões de toneladas.

A despeito do desempenho até agora, comenta Fialho, o que mais importa é o que está por vir. Uma das preocupações é estar pronto para atender o escoamento de grãos do Centro-Oeste com o início das operações das ferrovias Norte-Sul (FNS) e Transnordestina. A FNS deve ter lotes de seu trecho já licitado para tráfego de cargas ainda neste ano. O projeto mexe com os planos do porto maranhense de Itaqui, e também com Vila do Conde, no Pará, que estuda a construção de um ramal ferroviário para se conectar ao circuito da Norte-Sul. A Transnordestina deve ser concluída no primeiro semestre de 2013 e também vai mexer radicalmente com as estruturas de Suape e Pecém.

A ampliação logística não passa só pelas ferrovias, comenta Fialho. “Vila do Conde, por exemplo, terá um impacto enorme com as operações da eclusa de Tucuruí, que foi inaugurada há dois meses.” O porto do Pará tem planos para abrir, a partir do rio Tocantins, uma hidrovia direta com mais de 400 quilômetros de extensão, ligando o Sul do Estado até Barcarena, no litoral.

Outro fator decisivo nesse redesenho das cargas portuárias são as refinarias de petróleo em construção pela Petrobras. Suape não é o único porto beneficiado pelo projeto bilionário de Abreu e Lima. Estima-se que a refinaria Premium I, em Bacabeira (MA), deverá dobrar a movimentação de navios no porto de Itaqui. No longo prazo, o complexo de Pecém também vai se beneficiar. Este ano deve ter início a construção da refinaria Premium II no complexo, com previsão de entrar em operação em 2017.

“Essa mudança de cenário vai descomprimir Santos e Paranaguá”, diz Fialho. “Não é um efeito negativo sobre esses dois portos. O que vai acontecer é que eles tendem a se voltar para uma vocação mais industrial.” A tendência natural, segundo Fialho, é que o transporte de produtos de baixo valor agregado, como a produção agrícola e de minério, volte-se para os portos do Norte e Nordeste. Se essa carga pode seguir até lá por ferrovias, isso significa muitos quilômetros a menos em gastos com frete e transporte rodoviário, além da proximidade com os principais destinos de exportação do país.

Suape abre licitação para construir mais três terminais


Neste semestre, o porto de Suape deve licitar a construção de três terminais, um deles para receber cargas da Transnordestina, a ferrovia de 1.728 km que ligará o porto pernambucano a Pecém (CE) e ao município de Eliseu Martins (PI). Para os próximos quatro anos, os investimentos previstos – a maior parte deles com recursos do PAC – chegam a R$ 2,6 bilhões.

A prioridade no complexo industrial e portuário é cumprir um cronograma de obras que acompanhe o ritmo de empreendimentos como o da refinaria Abreu e Lima, da Petrobras. A operação deve começar a funcionar no fim de 2012, com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia. O custo total do projeto é estimado em US$ 12 bilhões.

O volume de carga que será gerado pela refinaria Abreu e Lima, diz Frederico da Costa Amancio, vice-presidente do porto de Suape, dará a ele o porte de movimentação de carga hoje equivalente à do porto de Paranaguá, na casa das 30 milhões de toneladas por ano.

Localizado a 60 quilômetros do Recife, o complexo de Suape tem a vantagem de contar com espaço para expansão. São 13,5 mil hectares de área para ser explorada. A estrutura atual conta com cinco cais, mas outros quatro já estão em construção e devem ficar prontos até o fim de 2012. A partir deste ano, recursos serão injetados no aumento dos acessos rodoviários e em ações de dragagem, o que ampliará o acesso de navios maiores.

Nos próximos meses, o complexo receberá uma fábrica da Fiat. A empresa vai injetar R$ 3 bilhões na unidade, que terá capacidade para produzir 200 mil veículos por ano. A lista de projetos para este ano envolve ainda expansão do Estaleiro Atlântico Sul e a construção da Petroquímica Suape, onde serão produzidas cerca de 1 milhão de toneladas de laminados planos por ano, com investimento de R$ 1,5 bilhão. ” (AB)

À espera da ferrovia, Itaqui quer acelerar projetos


Até março, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), responsável pelo porto de Itaqui, promete colocar na rua o edital para a construção do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). A obra é um projeto antigo, esperado desde 2005. “Vamos arrancar esse projeto na unha. O terminal terá que ficar pronto o mais rápido possível, para não comprometer os planos do porto”, diz Gustavo Lago, gerente de planejamento da Emap.

A preocupação de Itaqui em tirar o Tegram do papel está ligada à chegada da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que já teve parte do trecho norte concluído. A malha da FNS será ligada à estrada de ferro Carajás, que está sendo duplicada pela Vale.

O terminal será licitado em lotes. Serão construídos quatro armazéns, cada um com capacidade para 125 mil toneladas. O custo total é estimado em R$ 300 milhões. “Até maio deverá ser iniciada a terraplenagem”, prevê Lago. Numa primeira fase, o Tegram terá capacidade para 5 milhões de toneladas por ano. O plano é que o porto de Itaqui possa movimentar até 15 milhões de toneladas de grãos.

Atualmente, os derivados de petróleo representam 56% da carga que passa por Itaqui. Fertilizantes e ferro-gusa também pesam na balança. “Os grãos, principalmente soja, arroz e trigo, representam só 5% da movimentação do porto, mas em três anos essa participação deverá saltar para 30%”, diz Lago.

No balanço dos primeiros quatro anos do PAC, Itaqui, que hoje é o quinto maior porto do país em movimentação de cargas, foi o projeto que mais apresentou obras com atraso. Até dezembro, as obras de dragagem do canal de acesso e da bacia de atracação, orçadas em R$ 55 milhões, tinham atingido apenas 45% do planejado. Outros R$ 126 milhões foram alocados para a construção de um novo berço, além do alargamento do cais sul. A conclusão dessas obras está prevista para julho. (AB)

Pecém espera alta de 60% na movimentação de cargas


Em apenas uma década, a antiga vila de pescadores de Pecém deu lugar ao principal centro logístico do Ceará, um complexo industrial e portuário que deve movimentar 4 milhões de toneladas de carga este ano. “Se você considerar que o porto começou a operar em 2002, vê que é um resultado importante, mas o salto decisivo está por vir”, diz Mário Lima Júnior, diretor de Desenvolvimento Comercial do porto de Pecém.

Assim como Suape, Pecém tem a vantagem de contar com ampla capacidade de expansão. “Temos 120 quilômetros quadrados para exploração industrial, o que nos favorece para apoiar projetos de porte, como a refinaria Premium II, da Petrobras e a siderúrgica da Vale, que estão sendo montadas na região”, afirma Lima Júnior.

Os investimentos da Petrobras na refinaria são estimados em US$ 11,1 bilhões. A siderúrgica da Vale chega a US$ 6 bilhões. Com a chegada da ferrovia Transnordestina, que ligará o Estado a Pernambuco, Maranhão e Piauí, o porto de Pecém também se prepara para ampliar as operações na fronteira agrícola. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Pecém já se consolidou como liderança nacional na exportação de frutas e calçados.

Em 2010, foram exportadas 252 mil toneladas de frutas pelo porto, o que equivale a 37% do total movimentado pelos demais portos. Nas exportações de calçados, a movimentação anual atingiu 18 mil toneladas, o que representa 34% do total. De janeiro a outubro de 2010, segundo Lima Júnior, a movimentação de carga no porto subiu 68% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Para 2011, Lima Júnior projeta crescimento acima de 60%. O ano será marcado pelo início das operações da termelétrica Energia Pecém, parceria entre EDP e MPX, do empresário Eike Batista. O obra, que recebeu investimento de R$ 2,6 bilhões, deve entrar em operação nos próximos meses (AB)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vídeo sobre Ferrovias Chinesas



Os chineses não fazem por menos quando o assunto é alta velocidade. Contrataram o diretor Zhang Yi Mou (conhecido no Brasil por Lanternas Vermelhas) para fazer o filme de abertura do 7º Congresso Mundial de Ferrovias de Alta Velocidade – a UIC HighSpeed 2010 – que aconteceu em Pequim entre 7 e 9 de dezembro último. Zhang Yi Mou também foi o diretor geral da abertura dos Jogos Olípicos de Pequim, em 2008.


Além de exibir as fantásticas ferrovias de alta velocidade que estão sendo construídas em tempo recorde na China, o filme é um show de recursos cinematográficos e de edição. As legendas em português foram acrescentadas pela equipe da RFTV. Assista na íntegra o filme de abertura da HighSpeed 2010.

Fonte: Revista Ferroviária



Abaixo, imagem mostrando a atual configuração da malha ferroviária chinesa. Link na imagem para ampliá-la.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Caos aéreo mostra que “democratizamos os aeroportos”

Caos aéreo mostra que “democratizamos os aeroportos”
 (Marcelo Carneiro da Cunha)

Povo do meu Brasil, levou quinhentos anos, mas a coisa aconteceu, finalmente. Não sei se vocês perceberam, mas miscigenamos de vez esse reduto da branquidão nacional, os nossos bravos aeroportos.




Todo mundo vem lendo sobre a nova classe média, a ascensão de tantos e tanto para a classe C, os milhões de passageiros que iriam viajar pela primeira vez de avião nesse ano, não é mesmo? Mas eu não tinha sentido o impacto dessa transformação radical na nossa forma de vermos a nós mesmos, até o último final de semana, quando cheguei a Guarulhos para mais uma viagem e ele estava completamente moreno, mulato, mameluco, pardo, sei lá como o IBGE chamaria. Eu chamaria de, finalmente, igual e para todos.



Porque os aeroportos o Brasil, se são administrativamente desmontados pela Infraero, pareciam ser socialmente administrados pela Apartheid, Inc. Povo, povão, esse que está aí lotando nossos check-ins e fazendo foto até da esteira de bagagem, entrava apenas para olhar avião saindo e chegando, levando madame e monsieur para Nova York, ou Paris, ou levando e trazendo homens e algumas mulheres de negócios, a trabalho.



E é isso que acabou, meus estimados leitores. Saravá! Porque democracia social no Brasil passa, necessariamente, por democratização racial, ou melhor, por um nivelamento da cor a partir de um tom que represente a média da nossa mistura, que é intensa. Algo excessivamente branco, preto ou de algum outro tom puro, no nosso país, é sintoma de minoria, independente do tamanho da minoria, porque o que nos define como nação é a nossa mestiçagem. Onde ela estiver presente e participante, estamos bem.



Por isso, enquanto o aeroporto lotava, e velhinhas em vestidos coloridos amassavam os meus pobres pés, eu sorria, estimados leitores. Era isso, eu pensava, era isso o que a gente vinha buscando a tanto tempo sem sucesso. Uns poucos anos de governo de um presidente identificado com essa cor foi o que bastou para a gente mergulhar nela desse jeito. Sem discursos, sem besteiras, mas com a simples presença de milhares e milhares de recém chegados à festa, que se mostram muito confortáveis no novo papel, e acho que Lula tem uma enorme participação nisso, e não exatamente por eventuais sucessos econômicos, mas pelo exemplo. Se ele pode, passa a pensar o Brasil mais claramente mestiço, então posso eu, podes tu, pode o rabo do tatu, e vamos nessa. E vieram.



Eu sempre discordei da visão de que o Brasil era um caso de insucesso. Como dizia Darcy Ribeiro, o Brasil era um caso enorme de sucesso de uma elite que resolveu que o país seria ótimo para poucos e péssimo para os demais, o que era ótimo, para os poucos.



Hoje ele passa a se transformar em outra coisa, e, quem ainda duvida, dê um pulinho até Guarulhos, desde que consiga chegar, claro, com o trânsito e a ausência de trens até lá com que somos presenteados pelo governo do Tucanistão. Lá está a maior prova, com os milhões de trabalhadores que vieram construir o Sudeste indo visitar a terrinha onde quer que ela esteja. E de avião, como qualquer cidadão do mundo, vasto mundo. E com a família inteira junto, que é assim que se viaja. Que beleza! E tudo vai mudar, e o maior sinal da mudança está na cor desse novo Brasil, minha gente.



Quando eu morava nos Estados Unidos, eles adoravam dizer que eles eram um caldeirão de raças. Já eu achava que eles pareciam mais uma sopa de wanton, sabem? Um caldo ralo onde flutuam bolinhos de carne que não chegam a se mesclar jamais. Já o Brasil sempre me pareceu uma sopa de feijão, tudo mais misturado e com a cor sendo a soma das partes dividida por elas. É assim que começamos a ser e viver.



Claro que ainda existe uma camada composta predominante por pessoas brancas. Mas o fato é que a mistura começa a invadir e a predominar, tanto pelos números quanto pelo acesso ao que existe, já que a maioria das coisas é de quem pode pagar por elas, e, hoje em dia, e no futuro, mais e mais vão poder.



Talvez esse seja o maior legado dessa curta e incrível Era Lula, que todos vivemos, mesmo que uns 7% não gostem. Talvez essa seja a parte mais interessante do futuro para onde todos estamos indo, via Guarulhos. Finalmente estamos todos lá, finalmente somos todos mulatos, e a farra é nossa.



Só quero ver agora o que a Danusa e o Bóris vão achar disso.



Um abraço a todos, e um próximo ano novo.



- Não perca tempo seguindo marceloccunha no Twitter.



Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem “O Branco”, premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos “Simples” e o romance “O Nosso Juiz”, pela editora Record. Acaba de escrever o romance “Depois do Sexo”, que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances “Insônia” e “Antes que o Mundo Acabe”, publicados pela editora Projeto.


Fonte: http://www.agenciat1.com.br/5464-caos-aereo-mostra-que-democratizamos-os-aeroportos-marcelo-carneiro-da-cunha/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Transportes e Habitação são os mais "congelados"

FABIO LEITE

Transporte e habitação são as duas áreas mais afetadas pelo congelamento de R$ 1,5 bilhão anunciado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no início do mandato. Juntas, elas respondem por 72% das verbas bloqueadas pelo tucano, ou R$ 1,1 bilhão. O governo alega que a medida é “cautelar” e que nenhuma obra ou projeto será paralisado ou adiado por causa da decisão.

Ao todo, 43 órgãos do governo, sendo 17 secretarias, tiveram parte dos recursos contingenciados. Na prática, isso significa que os valores definidos ficam bloqueados no orçamento de cada órgão e poderão ser liberados ou não no futuro, de acordo com o andamento da arrecadação do Estado. Quem mais sofreu com a medida, em volume de dinheiro, foi a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, que teve R$ 422,7 milhões congelados, ou 9% dos R$ 4,8 bilhões previstos para este ano. A pasta é responsável pela construção de linhas de metrô e trem em São Paulo.

O secretário Jurandir Fernandes disse que, para não afetar obras em andamento, como a Linha 4-Amarela (Vila Sônia-Luz), pode usar verbas que estavam previstas para outras duas ações que estão paralisadas por problemas jurídicos: a Linha 5-Lilás, suspensa por suspeita de fraude na licitação, e a Linha 17-Ouro, suspensa por liminar da Justiça.

O contingenciamento é global. Não se dá em cima de um programa específico. Na minha área, como há situações de paralisia, como as linhas 5 e 17, não afeta os outros programas. Se for preciso pego (recursos) da linha 5. Mas, sanados os problemas jurídicos, o governo vai injetar dinheiro e as obras serão retomadas”, afirmou.

DER e Tamoios

Na sequência no ranking do congelamento vem o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pelo programa de recapeamento de rodovias. O órgão teve R$ 241 milhões bloqueados, dos quais R$ 240 milhões são em investimentos. Em nota, o DER informou que trata-se de “medida rotineira” no início de cada ano que, “por ora, não há definição de cortes nas intervenções viárias previstas para este ano”.

Além do DER, a Secretaria de Logística e Transportes, à qual o órgão é vinculado, teve R$ 58,4 milhões congelados. Os dois órgãos são responsáveis, por exemplo, pelo recapeamento de 52,9 km da Rodovia dos Tamoios (SP-99), ao custo de R$ 36 milhões. O prazo para conclusão da obra é maio.

Obstáculo à 1ª promessa

É na Tamoios, aliás, que está o primeiro obstáculo para promessas eleitorais de Alckmin. Nas eleições, ele disse que a duplicação da rodovia seria a primeira obra do governo, com início este mês. O projeto ainda está em estudo de impacto ambiental e não tem recursos previstos. O custo estimado é de R$ 2,7 bilhões. “A obra é cara e procuramos possibilidades de financiamento. Mas o governador disse que vai fazer e vamos fazer”, disse o secretário de Planejamento, Emanuel Fernandes.

Ainda no transporte, o bloqueio atingiu R$ 211,4 milhões da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), 8% dos R$ 2,5 bilhões previsto inicialmente. Fernandes, cuja pasta controla a companhia estatal, disse que, como no metrô, não haverá atrasos em programas. De todas as pastas, a Secretaria de Habitação é a que registrou o maior impacto do congelamento proporcionalmente: 15% ou R$ 199,9 milhões do orçamento de R$ 1,31 bilhão. “Não haverá problema de descontinuidade nas obras. O congelamento é temporário e o que está livre dá para gastar sem comprometer as ações”, disse o secretário Silvio Torres.

Outro lado

Responsável por distribuir os recursos do orçamento do Estado e por administrar os pedidos dos órgãos do governo por mais dinheiro, Fernandes, disse que nenhuma obra será paralisada neste início de governo por causa do congelamento, mas que cortes podem ocorrer futuramente dependendo do desempenho do governo na arrecadação de impostos e tributos.

“Ninguém vai cortar no começo porque este contingenciamento se dá no final. Pode ser que lá para outubro, se a arrecadação não atingir nossa previsão, o dinheiro não seja liberado. Mas agora, asseguro que nenhuma obra vai parar por causa disso”, afirmou Fernandes.

O secretário disse que a Secretaria da Fazenda faz o acompanhamento diário da arrecadação e que, na primeira quinzena de governo, ela está de acordo com o valor estimado. “Vamos fazer uma análise da arrecadação dos primeiros três meses e definir isso. Mas os secretários já estão avisados de que se não conseguirem fazer alguma coisa porque não têm dinheiro para fazer o empenho, é para falar, porque o governador e eu vamos liberar o dinheiro”.

Fernandes não soube dizer quais ações dentro de cada órgão foram afetadas pelo congelamento. Ele destacou apenas que ficaram intactos os orçamentos das secretarias de Saúde, Educação e Segurança, das universidades paulistas e do Centro Paula Souza, além dos outros poderes, como Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça.

Fonte:
http://blogs.estadao.com.br/jt-politica/transportes-e-habitacao-sao-mais-congelados/

Para ingleses, Alstom pagou propina em SP

Justiça britânica suspeita que esquema de US$ 120 milhões envolvia contratos do Metrô

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo


A Justiça britânica suspeita que dois funcionários da empresa francesa Alstom seriam responsáveis por organizar o pagamento de propinas para funcionários públicos no Brasil. Os funcionários da empresa, segundo os britânicos, teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo.

Parte teria vindo para o Brasil, num caso em que a Justiça suíça já informou ao Ministério Público. As suspeitas são de que a rota do pagamento de propinas passava por Paris, Londres e chegava a funcionários públicos brasileiros, entre outros.

Os envolvidos seriam Stephen Burgin, presidente da unidade inglesa da Alstom, e Robert Purcell, diretor financeiro. Ambos haviam sido detidos em 2010 para questionamento e a Alstom optou por lançar um processo questionando a atitude dos britânicos. Agora, a documentação dos britânicos alega que eles fariam parte de uma célula que organizava o pagamento da propina. Eles teriam pago propinas a funcionários públicos estrangeiros como forma de garantir contratos públicos.

Em São Paulo, a suspeita está relacionada com os contratos do Metrô. Na França e na Suíça, a Alstom é suspeita de ter distribuído milhões de dólares entre 1995 e 2003 para garantir contratos no Brasil, Venezuela, Indonésia e outros mercados emergentes. No Reino Unido a suspeita é de que o pagamento de propinas continuou em todo o mundo após 2004 e mesmo até 2010.

Rotas. A Justiça suíça confirmou ao Estado que manteve reuniões com a Justiça brasileira em relação ao caso e que já havia informado que uma das rotas da propina passava pelo Reino Unido. A suspeita é de que o dinheiro sairia da matriz em Paris, seguiria para o escritórios na cidade de Rubgy e de lá aos brasileiros.

Segundo as conclusões do Escritório contra Fraude no Reino Unido, o pagamento estaria disfarçado de pagamentos de consultorias. De acordo com o documento, o pagamento era uma "estratégia global" da empresa.

Na Suíça, contas em nome de 19 pessoas físicas e jurídicas brasileiras estão bloqueados. No ano passado, o Ministério Público da Suíça congelou US$ 7,5 milhões em nome de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes do governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Suspeita-se que o dinheiro seria fruto de pagamentos de propinas da Alstom para garantir contratos públicos.

Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e chefe da Casa Civil do governador Mário Covas entre 1995 e 1997, também está sendo investigado, mas não se manifesta sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.

PARA LEMBRAR

Jornal dos EUA revelou caso em 2008

Em 2008, o Wall Street Journal revelou que a Alstom estava sendo investigada por pagar propina a funcionários públicos no Brasil. Segundo o Ministério Público suíço, políticos brasileiros favoreceram a empresa em licitação do Metrô de São Paulo. A Suíça bloqueou uma suposta conta do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Robson Marinho. Ele teria recebido US$ 1 milhão da Alstom. Em dezembro do ano passado, a Justiça quebrou os sigilos fiscal e bancário de Marinho. As investigações continuam.

Pronto, viaduto da zona leste está sem acesso



Diego Zanchetta - O Estado de S.Paulo



Previsão. Viaduto com 160 metros de comprimento deve receber 30 mil carros por dia

Prefeitura concluiu obra do Complexo Padre Avelino, no Tatuapé, mas não conseguiu desapropriar casas onde serão construídas as entradas

Depois de 18 anos de reivindicações, os moradores do Tatuapé, na zona leste, ganharam um viaduto para desafogar o trânsito da Radial Leste. Mas a nova estrutura estaiada de 160 metros de comprimento, construída sobre a Avenida Salim Farah Maluf a 65 metros de altura, não pode ser ligada ao sistema viário até que a Prefeitura consiga desapropriar cerca de 30 imóveis vizinhos. E alguns desses casos já são discutidos na Justiça.

No lugar das casas, parte delas localizadas na Rua Padre Adelino, o governo precisa construir as alças de acesso ao viaduto estaiado, pronto desde dezembro. Não há mais operários no local há duas semanas, o que deixa apreensivos comerciantes e moradores da região. Quem considerava a obra de R$ 130 milhões um novo cartão-postal para a zona leste agora teme que a ponte vire um "elefante branco" sem uso por vários anos.


"Faz mais de um mês que não há operários na obra. E muitos moradores das casas que serão desapropriadas já falaram que não querem sair e entraram com ações na Justiça. Agora o que era para valorizar toda a área pode causar degradação aqui no entorno", afirma o empresário Frederico Gelmires, de 53 anos, dono de duas pizzarias e de uma imobiliária no Tatuapé.

Gelmires acompanhou no dia 1.º de setembro a visita do prefeito Gilberto Kassab (DEM) às obras do viaduto. Na ocasião, o prefeito disse que a inauguração do conjunto, chamado Complexo Padre Adelino, poderia ser antecipada para o final de 2010. No dia seguinte, a primeira página do Diário Oficial da Cidade trouxe reportagem sobre o andamento da construção. A inauguração, prevista para março de 2011, deveria ser antecipada, diz o texto. "As obras estão quase prontas", declarou Kassab à época.

Agora, sem a possibilidade de construir as alças, o governo não tem mais data para os viadutos começarem a ser utilizados. Em nota, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura limitou-se a informar que "os viadutos estão concluídos, faltando apenas as alças direcionais e o sistema viário de acesso das pontes, dependentes de desapropriações, cujo processo está em fase final."

O governo diz que 80% da obra está concluída, mas não informa, entretanto, quantos imóveis serão desapropriados nem quantos proprietários questionam a remoção na Justiça. "Acho que seria sensato a Prefeitura ter feito antes as desapropriações. Por quanto tempo vamos ter um viaduto sem uso?", questiona Tânia Maala, de 46 anos, dona de uma lanchonete na Praça Silvio Romero.

Trânsito. O Complexo Padre Adelino está entre as 223 propostas colocadas por Kassab no Plano de Metas 2009-2012. É uma reivindicação dos moradores da zona leste desde 1993. O viaduto também cria uma ligação entre o Tatuapé e a Mooca, bairros separados pela linha de trem.

Pela projeção da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), passarão pelo viaduto estaiado do Tatuapé cerca de 30 mil veículos por dia. Parte dos motoristas que vão usar o viaduto virá da Radial Leste, que tem fluxo de 120 mil carros/dia e é uma das vias mais congestionadas da capital paulista. A estrutura será estaiada, igual à da Ponte Octavio Frias de Oliveira, na Marginal do Pinheiros, mas menor. A ponte da zona sul tem 138 metros de altura, enquanto o viaduto da zona leste terá 65 metros, com 20 metros de largura e três faixas de trânsito.


PARA LEMBRAR


Obra recebeu recursos para córrego

Em agosto do ano passado, para acelerar as obras do Complexo Padre Adelino, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) transferiu R$ 6,7 milhões que haviam sido reservados no orçamento para a canalização do Córrego Ponte Baixa, na região de M"Boi Mirim. No início deste mês, o córrego transbordou e duas pessoas morreram. Segundo a Prefeitura, a transferência não comprometeu a canalização, que vai receber verba do governo federal.







segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ministério dos Transportes e Dnit destinam recursos para recuperação de rodovias no Sudeste

Com a publicação da Medida Provisória nº 522 no DOU desta quinta-feira (13/01/2011), o Ministério dos Transportes e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) receberam R$ 80 milhões que serão imediatamente aplicados em obras emergenciais nas rodovias afetadas pelas fortes chuvas que atingiram os estados da região Sudeste do país nos últimos dias.



O diretor-geral do Dnit, Luis Antônio Pagot, e técnicos do departamento já estão no Rio de Janeiro, estado com maior número de ocorrências em rodovias federais, para fazer o levantamento de todas as ações necessárias à recuperação da malha federal danificada pelo excesso de chuva. Os trechos mais afetados (veja no quadro abaixo) estão localizados na serra fluminense onde houve quedas de barreiras, deslizamentos e rupturas em rodovias federais administradas pelo próprio Dnit e em rodovias federais concedidas à iniciativa privada.




Em reunião com representantes do Governo do Rio de Janeiro na manhã de hoje (13/01), Pagot disponibilizou maquinário para auxiliar na desobstrução das vias de acesso aos municípios mais atingidos pela chuva e pela lama que continua descendo das encostas dos morros. Imediatamente após a avaliação técnica dos danos nas rodovias estaduais e vicinais, também poderão ser destinados recursos financeiros.



Veja abaixo a situação das rodovias federais em todo o país.



RIO DE JANEIRO



No estado do Rio de Janeiro, a ação do Dnit vai além das rodovias federais sob sua jurisdição. Com base na Lei 12.340 de 01/12/2010, o órgão auxilia o Governo do Estado na desobstrução de vias, principalmente nos municípios de Teresópolis e Nova Friburgo. Nos dois municípios onde há ruas e bairros isolados por deslizamentos o Dnit colocou à disposição caminhões basculantes e escavadeiras. O trecho Urbano com nove quilômetros da BR-393, entre Volta Redonda e Barra Mansa, tem problemas de erosão na lateral da pista. O tráfego está normal.



BR-495



Trecho: Petrópolis – Teresópolis – Nova Friburgo (12 pontos de deslizamentos)



Ocorrência: No km 2,5 ao 3 houve 4 pontos de deslizamentos grandes. No kms 7 e 13, Dnit aguarda o término dos trabalhos do trecho km 2,5 ao 3 para chegar ao local e verificar a situação. Nos kms 24, 26 e 27 deslizamentos grandes, sendo o km 24 o mais grave.



Providências: obras de remoção de barreira já foram iniciadas.



Tráfego: Nos kms 26 e 27 trânsito em meia pista. No km 24, trânsito interrompido com previsão de liberação dia 16/01. No trecho do km 2,5 ao 3, trânsito interrompido com previsão de liberação para hoje, dia 13/01, às 14 horas. Nesse trecho de 33,4 quilômetros, o Dnit deslocou cinco retro escavadeiras e quatro escavadeiras de grande porte e vários caminhões basculantes. Rodovias estaduais serão trabalhadas em apoio ao Estado do Rio de Janeiro, sob coordenação do DER/RJ.



Município de Teresópolis, Petrópolis, Nova Friburgo e São José do Vale do Rio Preto



Ocorrência: Deslizamentos com grandes danos; várias ruas estão intransitáveis; há bairros isolados.



Providências: Dnit colocou a disposição dos municípios, caminhões basculantes e escavadeiras hidráulicas e retro escavadeiras.



MINAS GERAIS



BR-116 / MG



Trecho: Matias Lobato



Ocorrência: km 378,5 queda de talude de corte, interrupção parcial da pista.



Tráfego: em meia pista.



Providências: as obras de remoção de barreira já foram iniciadas.



BR-116 / MG



Trecho: São João do Manhuaçu



Ocorrência: Rompimento de bueiro no km 608.



Tráfego: em meia pista.



Providências: obras de remoção de barreira já foram iniciadas.



BR-146 / MG



Trecho: Serra do Selado



Ocorrências: Erosão do aterro, atingindo a terceira faixa no km 516,4.



Tráfego: Trânsito na terceira faixa impedido. Trecho sinalizado.



Providências: Dnit aguarda a diminuição das chuvas para avaliar as providências necessárias.



BR-259 / MG



Trecho: São Vitor



Ocorrência: Erosões nos bordos com pequeno abatimento da pista no km 151,5. Possibilidade de agravamento da situação com continuidade das chuvas.



Tráfego: Normal



Providências: Dnit aguarda a diminuição das chuvas para avaliar as providências necessárias.



BR-354 / MG



Trecho: Caxambu – Div. MG/RJ



Ocorrências: Entre os km 692,9 – km 764,5 existem 15 pontos com pequenos desmoronamentos de talude, cujas barreiras estão sendo removidas. Trânsito nos locais das ocorrências feito em meia pista. No km 750, há grande erosão do aterro.



Tráfego: Restrição de tráfego de veículos pesados, inclusive de ônibus.



Providências: obras de remoção de barreira já foram iniciadas. Na erosão no km 750, o Dnit aguarda as a diminuição das chuvas para avaliar as providências necessárias.



BR-356 / MG



Trecho: Contorno de Ouro Preto



Ocorrências: Desmoronamento de talude de corte, causando interdição parcial da pista no km 98.



Tráfego: Trânsito realizado em meia pista.



Providências: obras de remoção de barreira já foram iniciadas.



BR-365 / MG



Trecho: Santa Vitória - Chaveslândia



Ocorrências: Erosão tomando o acostamento da rodovia no km 847.



Tráfego: Trânsito em meia pista no local. Trecho devidamente sinalizado



Providências: Dnit aguarda a diminuição das chuvas para avaliar as providências necessárias.



BR-381 / MG



Trecho: Jaguaruçu / MG



Ocorrências: Erosão tomando o acostamento (lado direito) no km 284,9.



Tráfego: normal



Providências: Dnit aguarda a diminuição das chuvas para avaliar as providências necessárias.



GOIÁS E DF



BR-060 – Desvio na altura de Alexânia. Foi feita uma obra de contenção. Devido às fortes chuvas, não é possível, no momento, fazer a definitiva. Ainda não há previsão de quando a obra será executada, mas o projeto já está sendo elaborado. O Dnit aguarda o laudo.



BR-070 – Ponte do Córrego dos Macacos. O Dnit está em estado de atenção.



BR- 070 –Restrição a veículos pesados em Aragarça (GO).



SÃO PAULO



Apesar das fortes chuvas que caem em São Paulo, as rodovias federais do estado não têm interdições e/ou quedas de barreiras.





SANTA CATARINA



Rodovias em condições normais.



SERGIPE



Pista em boas condições, ainda que o Estado esteja sob fortes chuvas, nos últimos dias.



TOCANTINS



Os 2,7 mil quilômetros de pistas estão em boas condições.



RIO GRANDE DO SUL



A BR-290 no km 534, que fica entre Rosário e Alegrete, funciona apenas em meia pista, por conta de um bueiro que abriu. A previsão é de que tudo esteja normalizado em 60 dias. Produto químico do arroz transportado foi arrastado pelas chuvas da semana passada e corroeu o metal do bueiro.



RIO GRANDE DO NORTE



Situação normal das rodovias, mas as chuvas começam a ficar intensas no Estado.



MATO GROSSO



BR- 242 – Há três pontos de interdição na altura de Alto Boa Vista. Foi feito um desvio pela MT 433. O Dnit trabalha para a recuperação desde o Natal, mas não há previsão, devido às chuvas. Um dos problemas foi a queda de uma ponte de madeira. O tráfego flui com veículos leves. O desvio é apenas para veículos pesados.



BR- 163 – Bueiro cedeu próximo à Nova Mutum. A rodovia foi interditada, e a recuperação foi feita no mesmo dia.



BR-070 – Rompimento de pista na altura de Barra do Garça. O Dnit está revendo o prazo devido às chuvas.



ALAGOAS



Rodovias em condições normais.



BAHIA



Rodovias em condições normais.



AMAZONAS E RORAIMA



Rodovias em condições normais.



CEARÁ



Rodovias em condições normais.



ESPÍRITO SANTO



Rodovias em condições normais.



PARANÁ



Rodovias em condições normais.



PARÁ E AMAPÁ



BR-316 - no km 14, município de Marituba, trafega-se em meia pista devido à erosão num bueiro.



BR-010 - na Belém Brasília, no km 167, sentido Itinga-Paragominas, há retenção parcial de tráfego também devido à erosão em bueiros, mas a pista ainda está liberada. Nas duas rodovias a empresa responsável pelos trechos já está trabalhando.



PERNAMBUCO



No dia 12, situação recorrente de emergência, na BR-101, onde duas pontes estão sendo construídas.



PIAUÍ



Rodovias em condições normais.



MARANHÃO



Rodovias em condições normais.



MATO GROSSO DO SUL



Rodovias em condições normais.



PARAÍBA



Rodovias em condições normais.



RONDÔNIA E ACRE



Rodovias em condições normais.



CONDIÇÕES DAS RODOVIAS FEDERAIS CONCEDIDAS



CONCER



BR-040 (RJ/MG)



13/01/2011 – 10h50



Equipes da Concer liberaram o km 52/RJ da BR-040, em Itaipava, distrito de Petrópolis. A pista foi atingida parcialmente pela queda de uma barreira com o temporal da madrugada de ontem. A rodovia segue em mão dupla na pista do sentido Juiz de Fora no trecho entre os kms 34 e 35, em Três Rios. A reversão se deve ao afundamento de uma parte da pista do sentido contrário, no km 35, causado pela correnteza do Rio Piabanha. No trecho do km 24, a pista da rodovia que leva à capital fluminense opera normalmente. Ontem, devido ao aumento do volume do Piabanha, a pista chegou a ficar fechada temporariamente por precaução. Já no km 30, também em Três Rios, o tráfego flui em meia pista no sentido RJ. A pista do sentido Juiz de Fora opera sem problemas no local, assim como a saída do km 22, que faz ligação da BR-040 com a BR-393. Em Levy Gasparian, o motorista que se dirige para o Rio deve ficar atento na altura do km 8, que permanece em meia pista por causa de uma barreira. Há ainda interdições de acostamentos nos kms 54/RJ e 63/RJ, em Itaipava.



Fonte: Assessoria de Imprensa da Concer



RODOVIA DO AÇO



BR-393 / RJ - Rodovia do Aço



12/01/2011 – 16h20



A concessionária Acciona informou que já está liberado o trecho entre a BR-393 e a BR-040, que estava interrompido, em razão da queda de uma barreira que interditava o km 134 da Rodovia do Aço.



Fonte: Assessoria de Imprensa da Acciona



CRT



BR-116 / RJ - Trecho Além Paraíba - Teresópolis



12/01/2011 – 18h



A Concessionária Rio Teresópolis (CRT), avisa seus usuários que o trecho da rodovia que faz a ligação entre o Rio de Janeiro e a cidade de Teresópolis não foi afetado pelas fortes chuvas que caíram na região. No segmento da Serra dos Órgãos, entre o km-104 e o km-89 existe um trecho em sistema de pare e siga onde está sendo realizada a obra de construção da terceira faixa, iniciada ainda em 2010.



Segmentos com inferência ou interrupção no fluxo de veículos



No trecho entre Teresópolis e Além Paraíba, temos as seguintes situações:



Entre o km-75 e o km-74 o tráfego está sendo feito em sistema de pare e siga em função de deslizamento de terra.



Entre o km-69 e o km-54 a rodovia está interditada e apesar de várias equipes e equipamentos estarem no local, não há previsão de reabertura. Além do deslizamento de terra e vegetação em alguns pontos, o maior problema enfrentado pela concessionária está ligado ao transbordamento do Rio Paquequer e do Rio Preto que ultrapassaram o nível das pistas, impedindo desta forma o acesso aos pontos que necessitam de intervenções. Assim que baixar o nível das águas, será feita a limpeza das pistas e vistoria das pontes e encostas para liberação da rodovia com segurança.



Até o momento a CRT não identificou danos significativos à estrutura da rodovia e entende que com a redução do volume do rio e com a melhoria das condições climáticas, será possível restabelecer o fluxo de veículos em todo trecho sob concessão.



Fonte: Assessoria de Comunicação da CRT



AUTOPISTA FERNÃO DIAS



BR-381/MG/SP - Trecho Belo Horizonte - São Paulo



13/01/11 – 9h40



Na pista Sul (sentido São Paulo) da rodovia Fernão Dias, o acostamento está bloqueado entre os quilômetros 76 e 78,5, na região de São Paulo, devido a quedas de barreira. O tráfego segue e não há mais lentidão no local. Equipes da Concessionária realizam a limpeza da pista.



Na pista Norte (sentido Belo Horizonte), a faixa 2 está bloqueada entre os quilômetros 52,8 e 52,2, na região entre Mairiporã e Atibaia, devido à uma erosão no acostamento. O tráfego flui pela faixa 1.



Fonte: Assessoria de Imprensa da OHL



AUTOPISTA RÉGIS BITTENCOURT



BR-116/SP/PR - Trecho São Paulo – Curitiba



13/01/11 – 9h40



Rodovia em situação normal, com obras rotineiras da concessionária.



Fonte: Assessoria de Imprensa da OHL



AUTOPISTA LITORAL SUL



BR-101/SC - Trecho Curitiba – Florianópolis



13/01/11 - 9h40



Rodovia em situação normal, com obras rotineiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa da OHL



AUTOPISTA FLUMINENSE



BR-101/RJ - Trecho Divisa RJ/ES - Ponte Presidente Costa e Silva



13/01/11 – 9h40



Rodovia em situação normal, com obras rotineiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa da OHL



AUTOPISTA PLANALTO SUL



BR-116/PR/SC - Trecho Curitiba - Divisa SC/RS



13/01/11 – 9h40



Rodovia em situação normal, com obras rotineiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa da OHL



CONCESSIONÁRIA NOVA DUTRA



BR 116 – RJ/SP – Trecho São Paulo – Rio de Janeiro



13/01/2011 – 10h50



Há uma interdição no km 14,6, região de Lavrinhas/SP, sentido Rio de Janeiro, devido a uma queda de barreira na manhã de hoje.



Estão interditados o acostamento e a faixa da direita.



Fonte: Assessoria de Imprensa da Concessionária



CONCEPA



BR-290/RS



13/01/2011 – 18h



Rodovia em situação normal, com obras rotineiras.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Concessionária



ECOSUL



BRs 116, 392 e 293



Pólo Rodoviário de Pelotas



13/01/2011 – 10h



Condições normais.



Fonte: Assessoria de Imprensa da Ecosul

 
Fonte: http://www.agenciat1.com.br/6050-ministerio-dos-transportes-e-dnit-destinam-recursos-para-recuperacao-de-rodovias-no-sudeste/