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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Obra no Tietê é 1º passo para o hidroanel


Governo deve abrir este ano licitação para eclusa na Penha, que vai permitir a navegação em mais 14 km do rio
Anel hidroviário de 170 km nos rios Pinheiros e Tietê e duas represas irá viabilizar o transporte de passageiros e cargas

Adriano Vizoni - 24.ago.2012/Folhapress
Vista da barragem da Penha, no rio Tietê
Vista da barragem da Penha, no rio Tietê
EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O governo de SP pediu a licença ambiental prévia para iniciar as obras da eclusa da barragem da Penha, no rio Tietê (zona leste da capital), primeiro passo para viabilizar antigo projeto do Estado: o hidroanel metropolitano.
Eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que possibilita navegar em locais onde há desnível no leito do rio -ela permite ao barco subir ou descer, conforme o caso.
A licença prévia foi pedida à Cetesb (agência ambiental paulista) e pode ser concedida dentro de um mês.
A eclusa tornaria navegável um trecho de 14 km do rio, até São Miguel Paulista, no extremo leste da cidade. Hoje, o Tietê tem 41 km navegáveis, entre a Penha e a cidade de Santana do Parnaíba.
O projeto do governo é construir um hidroanel de 170 km ao redor da capital, que incluiria os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings (zona sul e ABC) e Taiaçupeba (Suzano). Um canal artificial de 18 km precisará ser feito para ligar as duas represas.
Embora o projeto contemple o transporte de passageiros (principalmente nas represas), a prioridade é transportar lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da construção civil e lodo retirado das estações de tratamento, além de produtos hortifrutigranjeiros.
"É viável a construção do hidroanel. O projeto, se realmente for feito, já se justifica só pelo transporte de material de dragagem e lodo", diz Alexandre Delijaicov, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Ele é um dos pesquisadores que ajudou a elaborar os projetos iniciais -a faculdade venceu uma licitação.
O horizonte para concluir o hidroanel é 2045. Mas há obras de curto prazo, que podem terminar em cinco anos.
A licitação da eclusa será aberta em breve, segundo Casemiro Tércio Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário de SP. "Estamos terminando os orçamentos."
No total, a implantação do hidroanel deve custar algo em torno de R$ 4 bilhões.
Ao longo da hidrovia estão previstas a construção de 60 ecoportos (que recebem material já triado), 11 eclusas e 3 portos de destino. "São locais que vão promover a interligação do barco, do trem e do caminhão", diz Delijaicov.
A principal vantagem do hidroanel, dizem os técnicos, é retirar das ruas caminhões que transportam resíduos.
Em alguns casos, será possível usar os rios como uma espécie de piscinão. "É uma alternativa contra as enchentes, que poderá ficar mais barata", afirma Delijaicov.

LIXO DOMÉSTICO
O ponto negativo: como os barcos vão transportar também lixo doméstico, por exemplo, existe sempre risco de contaminação das águas.
Se o Tietê e o Pinheiros não vão sentir muita diferença, a parte limpa da Billings, onde existe inclusive a captação de água para consumo humano, pode sentir bastante qualquer tipo de incidente.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Secretários de Kassab defendem pedágio urbano em São Paulo


Eduardo Jorge, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e Marcelo Cardinale Branco, da Secretaria Municipal de Transportes, falaram sobre o tema durante o Seminário Internacional Andar a Pé nas Cidades
SÃO PAULO - Dois secretários da gestão Gilberto Kassab (PSD) disseram na manhã desta sexta-feira, 21, serem favoráveis à implantação do pedágio urbano. As afirmações foram feitas por Eduardo Jorge, da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e Marcelo Cardinale Branco, da Secretaria Municipal de Transportes, durante o Seminário Internacional Andar a Pé nas Cidades, na Avenida Paulista.
Ambos os dirigentes falaram na abertura do evento, voltado à discussão de medidas para melhorar a mobilidade dos pedestres na cidade. O primeiro a defender o pedágio urbano foi Jorge. "Eu insisto: nessa cesta de ações para melhorar a mobilidade, limpar a cidade, melhorar a saúde das pessoas e salvar vidas, tem uma questão de que as cidades não podem fugir, que é a restrição ao uso abusivo do automóvel e da moto. Não tem saída." Mas Jorge disse que as autoridades, inclusive as do Judiciário e as do Legislativo, "fogem disso como o diabo da cruz". "A medida que hoje está sendo usada com sucesso em outros países é o pedágio urbano. Ele é necessário. Ele vai melhorar imediatamente os congestionamentos." .
De acordo com o secretário, o pedágio "vai gerar um fundo adicional que vai ser somado ao orçamento dele para investir mais no metrô e no ônibus e nas calçadas". Jorge disse, no entanto, que o prefeito Kassab é contrário a essa ideia e que a sua opinião "é um ponto de vista pessoal"..
Em seguida, Jorge passou a palavra para Cardinale Branco, que acumula a presidência da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), empresa municipal responsável por gerenciar o trânsito na capital. O dirigente afirmou que, assim como Jorge, é "favorável" ao pedágio urbano. .
A restrição à circulação de veículos nas áreas mais centrais de São Paulo é um assunto polêmico. Alguns especialistas em mobilidade urbana defendem a implantação da medida imediatamente, argumentando que a saturação viária já atingiu um ponto crítico. Outros, no entanto, entendem que a ação só pode ser tomada após a ampliação do transporte público, em especial o metrô. .
Mas a medida, que pode gerar desgaste político, é tratada com muita delicadeza pela Prefeitura, que oficialmente sempre reiterou que não adotará o pedágio urbano. A grande maioria dos candidatos a prefeito também nega que tenha intenção de implantá-lo. .
No início da noite, a Prefeitura enviou uma nota em que informa que "respeita as opiniões pessoais" dos dois secretários, mas não cogita mudar a sua posição "firmemente contrária" ao pedágio urbano. .
Fonte: SP | Estadão
 

Nunca se andou tanto de trem na capital


Metrô e CPTM ganharam 1,2 milhão de passageiros em um ano e tiveram recorde histórico no último dia 6
Nunca se andou tanto de metrô e de trem na cidade de São Paulo. No dia 6 deste mês os dois sistemas de transporte sobre trilhos registraram recorde histórico de passageiros transportados. No caso do Metrô, foram 4,7 milhões de pessoas. Na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), 2,8 milhões viajaram em seus trens na véspera do feriado de 7 de setembro.
O curioso é que o aumento de passageiros acontece sem que tenham ocorrido inaugurações recentes de linhas e estações. Já faz quase um ano que os mais novos pontos de parada do Metrô foram abertos e não houve acréscimo nos últimos meses. Mesmo assim o salto foi de 1,2 milhão de pessoas no sistema que integra Metrô e CPTM, comparando-se com o ano passado. Como é possível viajar na rede de trilhos com a mesma passagem, não se sabe exatamente quantos passageiros foram para cada sistema.
O reflexo imediato dessa quantidade crescente de usuários em uma rede com o mesmo tamanho é a superlotação, principalmente nos horários de pico (início da manhã e final da tarde).
A doméstica Sônia Soares disse que já se acostumou ao empurra-empurra na hora de voltar para casa. Ela pega o Metrô na Estação Sé e depois um ônibus até chegar em sua casa, na Penha, Zona Leste. "Cada ano que passa está pior", afirmou. "Vai chegar uma hora que não vai dar mais. Vão ter de fazer alguma coisa."
Para a estudante Jenifer Naiane, o governo já está fazendo o que pode para melhorar o sistema. "Sinto que os trens estão passando com mais frequência. É só aguardar um pouco que a gente consegue entrar."
A estudante está parcialmente certa. De fato os investimentos estão acontecendo, mas não na velocidade necessária. O governo estadual, responsável pelos dois sistemas, pretende investir R$ 45 bilhões em transporte de massa sobre trilhos no período 2012-2015. Mas não há qualquer garantia que essa quantia será suficiente.
Na visão do assessor técnico da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), Marcos Bicalho, a superlotação do Metrô é consequência da eficiência do sistema.
"No ônibus vai haver a mesma superlotação, só que a pessoa vai ficar presa no trânsito", disse. "Com a economia aquecida as pessoas vão demandar cada vez mais por um sistema rápido de transporte e os investimentos para aumentar a rede são altíssimos, mas sempre insuficientes. Portanto, a superlotação é um efeito disso e as pessoas têm de conviver com ela no curto prazo."
Outro especialista, o urbanista Flamínio Fichmann, consultor em transportes, costuma dizer que a demanda vai ser sempre maior do que a oferta. "Apesar das ofertas de transporte público, qualquer investimento feito nessa área tem abrangência finita", afirmou.
O maior problema é que a superlotação não é a única consequência dessa demanda reprimida. Dados do governo revelam que nos últimos anos a quantidade de panes na rede vem aumentando. Nos primeiros oito meses deste ano foram 46 no Metrô e 24 na CPTM. No ano passado inteiro foram 59 panes no Metrô e 35 na CPTM.
Governo testa medidas para reduzir lotação
A superlotação no Metrô e na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) tem atormentado o governo do estado de São Paulo que, na semana passada, anunciou um pacote de medidas para minimizar o problema. Na quinta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou a redução no valor das tarifas das linhas 5-Lilás do Metrô e 9-Esmeralda da CPTM , entre 9h e 10h. A partir de 15 de outubro, o desconto será de R$ 0,50 no valor da passagem, que custa R$ 3, ou seja, a tarifa custará R$ 2,50 entre 9h e 10h, de segunda à sexta. No período de um ano o usuário economizará R$ 132.
O objetivo da iniciativa é melhorar a distribuição do fluxo de passageiros, principalmente nas estações de integração Santo Amaro e Pinheiros. Diariamente, pela manhã, 75,7 mil passageiros utilizam a Linha 5 do Metrô, que vai do Capão Redondo ao Largo Treze. No mesmo período, 132 mil passageiros passam pela Linha 9 da CPTM, que liga o Grajaú ao município de Osasco.
O governo anunciou ainda que a integração com os ônibus na Estação Largo Treze, da Linha 5-Lilás do Metrô, passará a ser gratuita em outubro.
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Entrevista com Jurandir Fernandes - Secretário Estadual de Transportes Metropolitanos
DIÁRIO = Neste mês de setembro o Metrô e a CPTM bateram recordes de passageiros. Qual a explicação para isso?
JURANDIR FERNANDES = Foi uma véspera de feriado que nós atingimos 7,5 milhões de passageiros. Todas as linhas se superaram. Foram 350 mil passageiros a mais na rede. O importante é que os trilhos deram conta do recado.
DIÁRIO = Apesar desse dia atípico, a demanda tem aumentado?
JURANDIR FERNANDES = Sim. Houve a inauguração da Linha 4-Amarela (parte em 2010 e parte em 2011) que trouxe para o sistema cerca de 600 mil passageiros próprios, mais aqueles que vem de outras linhas para ela. Muitos passageiros migraram para os trilhos e deixaram os ônibus porque ganharam tempo e passaram a ter menos despesas. Reduziram custos ficando dentro da rede, de R$ 4,65 (bilhete único) para R$ 3. Em toda a rede o acréscimo foi de 1,2 milhão de passageiros em um ano.
DIÁRIO = E o sistema atual está preparado para isso?
JURANDIR FERNANDES = A gente levou um solavanco. Tivemos um tsunami de passageiros. Sofremos muito em março, abril e maio. Tivemos sabotagens, descarrilamentos, panes de caráter elétrico. Mas com todas essas dificuldades demos conta do recado.
DIÁRIO = E a expansão da rede? O que está sendo feito?
JURANDIR FERNANDES = Ao mesmo tempo estamos fazendo quatro novas obras de Metrô e vamos começar no ano que vem mais três. Serão sete obras do Metrô, além de uma extensão da CPTM e o Expresso ABC. São R$ 45 bilhões de investimentos até 2015. Desse total, R$ 30 bilhões do próprio tesouro e R$ 15 bilhões de capital privado com as parcerias público privadas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pinheiros, Ibirapuera e Itaim terão garagens subterrâneas privadas

EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO


As regiões do Itaim Bibi, República, terminal Pinheiros, largo da Batata, Assembleia Legislativa e Ibirapuera (autorama) devem ganhar garagens subterrâneas privadas com incentivo fiscal e concessão de área pública.

O plano da Prefeitura de São Paulo para reduzir a falta de vagas de estacionamento nas principais regiões da cidade prevê, ao todo, 13 unidades.
Parte do projeto deve ser implantado ainda pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD), que deixa o cargo em 31 de dezembro: as licitações de nove unidades.

Nas áreas do Mercado Municipal, praças Fernando Costa e Roosevelt, que já haviam sido anunciadas, a licitação deve ser aberta nesta semana.
Após as eleições devem ser lançadas as licitações para o Itaim Bibi, República, terminal Pinheiros, largo da Batata, Assembleia Legislativa e Ibirapuera (autorama).

As garagens em outras quatro áreas --Moema, Ibirapuera, Pedroso de Moraes e Moema-- dependem de questões legais e ambientais para serem licitadas.
A ideia é tirar vagas de zona azul das ruas e transferi-las para os estacionamentos.
Editoria de arte/Folhapress
INCENTIVOS
A outra parte do plano, que prevê incentivos fiscais para a iniciativa privada construir garagens, dependerá da vontade do próximo prefeito.
São Paulo tem cerca de 900 mil vagas de estacionamento em 10 mil estabelecimentos, segundo o sindicato do setor.
"Em São Paulo não falta vaga de garagem. Se você quiser, para em qualquer região da cidade, desde que esteja disposto a pagar muito e não se importe com a qualidade", diz Marcos Cintra, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico.
A prefeitura prevê dar títulos municipais às empresas que construírem novos estacionamentos. Os títulos seriam usado para abater impostos municipais --IPTU e ISS.
Cintra disse que a prioridade será para estacionamentos que funcionem no modelo "park and ride", ou seja, o motorista vai de carro até determinado ponto e, de lá, segue viagem de metrô ou trem.
Estão previstos "park and ride" em locais como Berrini, Santo Amaro, Jabaquara, Vila Olímpia, Pinheiros, Santana e Barra Funda.
Outros locais teriam demanda para estacionamentos "convencionais" e também teriam estímulo. São os casos das avenidas Angélica e Henrique Schaumann, da rua Augusta, de regiões como o Brás e o largo Treze e bairros como Paraíso, Tatuapé, Moema, Mooca e Lapa.
"A validade desses estacionamentos está diretamente relacionada com a integração com o transporte público", diz Adriane Fontana, engenheira de tráfego e diretora da Fatec de São Caetano do Sul.

Fonte: Folha de S.Paulo

Ciclofaixas vão abrir neste sábado

SP | O Estadao de SP
Ciclofaixas de lazer da cidade de São Paulo vão funcionar excepcionalmente neste sábado, como parte das ações comemorativas do Dia Mundial Sem Carro
As ciclofaixas de lazer da cidade vão funcionar excepcionalmente neste sábado, como parte das ações comemorativas do Dia Mundial Sem Carro. As rotas só são montadas nos domingos e feriados.
A recomendação da Prefeitura é de que os carros evitem as regiões das ciclofaixas ou, como disse, em nota, "prefiram evitar o carro neste sábado e se integrem a esta mobilização internacional".
Os 72 quilômetros de rotas exclusivas para ciclistas vão funcionar no horário normal (das 7 horas às 16 horas). No domingo, elas também serão montadas normalmente. A maior ciclofaixa é das zonas sul e oeste, ligando os Parques do Ibirapuera, das Bicicletas e Villa-Lobos. Elas ocupam a faixa da esquerda. As outras são da zona norte (entre a Praça Heróis da FEB e a Estação Parada Inglesa do Metrô), da zona leste (do Parque Linear Tiquatira à Avenida Carvalho Pinto) e a mais nova é a da Avenida Paulista.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também divulgou outras ações, como uma palestra com autoridades de trânsito da Europa, marcada para sexta-feira, e uma campanha educativa para estimular o uso das faixas reversíveis de trânsito (montadas diariamente no contrafluxo para facilitar o escoamento de carros para o centro ou para os bairros) para carros com mais de uma pessoa.
Carona. As nove faixas reversíveis montadas na capital têm, desde o começo da semana, avisos pedindo que os carros só entrem nas vias caso levem pelo menos um carona.
Mas quem não respeitar a solicitação da CET não será multado, porque a campanha é somente educativa.

Cerca de 70% dos motociclistas sofrerão acidentes nos próximos seis meses, diz Abramet


A motofaixa é uma das alternativas adotadas pela cidade de São Paulo para diminuir o número de acidentes envolvendo motociclistas. Foto: Epitácio Pessoa/AE
Aproximadamente 70% dos motociclistas sofrerão acidentes nos próximos seis meses, informou o diretor do Departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), Dirceu Rodrigues.
Dos 73 milhões de veículos que circulam diariamente no país, 19,2 milhões são motocicletas. Apesar da maior frota se concentrar no Sudeste, com mais de 7,7 milhões de motos, conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), é nas regiões do Norte e Nordeste que o número de motos adquiridas cresce em grandes proporções.
De 1998 para 2012, a região Norte teve uma taxa de crescimento 1538,9% nas vendas de motocicletas, seguida da região Nordeste, com 1114,9%. O Sudeste apresentou crescimento de 455,4%. Em 1998, a frota nacional era de 2,7 milhões de motos.
Para Rodrigues, esse crescimento e, consequentemente, o número de acidentes provocados pelas motos são resultados da facilidade em adquiri-las, motos são mais baratas que carros; da liberação para a prática de serviços como motoboy, motofrentista e mototaxista sem um treinamento adequado; de cursos ministrados de forma precária em Centros de Formação dos Condutores (CFC); da falta de fiscalização, a Lei Seca ignora os motociclistas; e o desuso das roupas de proteção: Equipamento de Proteção Individual (EPI).
O Código de Trânsito Brasileiro exige que todo motociclista use roupas que ofereçam proteção no caso de uma queda, segundo Rodrigues, mas o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tem cobrado apenas o uso do capacete.
“Nos acidentes, 25% dos motociclistas apresentam ferimentos no crânio e 73% apresentam lesões nos membros inferiores. Esses equipamentos, como a viseira, as luvas, os sapatos fechados e jaquetas reduzem as lesões produzidas pelo acidente.”
Vítimas
Em 2010, foram registradas 10.894 mortes por acidente com motocicleta. Conforme a representante do Ministério da Saúde, Marta Maria Alves da Silva, são 117 óbitos diariamente. “Os acidentes com motos equivalem a uma queda de avião por dia” e alertou “é uma questão epidêmica e a tendência é que aumente o número de óbitos se não for feito nenhuma mudança”.
Agência T1, Por Bruna Yunes

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Paulistano reprova pedágio urbano e ampliação do rodízio


Pesquisa da Rede Nossa São Paulo sobre Mobilidade Urbana faz parte das atividades da Semana da Mobilidade, que vai de 17 a 24 de setembro
A maioria dos moradores da cidade de São Paulo desaprova medidas polêmicas para melhorar o trânsito, mas aprova a ampliação das ciclovias e das faixas exclusivas para motociclistas.
Os dados fazem parte da pesquisa sobre mobilidade urbana divulgada nesta segunda-feira (17) pela Rede Nossa São Paulo em conjunto com o Ibope. Foram entrevistadas 805 pessoas com 16 anos ou mais. A pesquisa tem margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
No caso do pedágio urbano, só 17% aprovam sua implementação. Entre os motoristas habituais, a taxa cai para 13%. Já ampliação do rodízio para dois dias na semana é rejeita por 59% dos paulistanos.
A criação de novas ciclovias na cidade é aprovada por 88% dos moradores. O índice sobe para 91% entre os motoristas habituais. Em relação as faixas exclusivas para motociclistas, 89% dos entrevistados sem dizem favoráveis a ampliação.
TRÂNSITO
Oito em cada dez moradores de São Paulo consideram o trânsito na cidade ruim ou péssimo.
O trânsito está entre as quatro áreas consideradas mais problemáticas da cidade para um terço dos entrevistados.
O levantamento mostra ainda que caiu o número de pessoas que usam o carro quase todos os dias. O percentual passou de 13%, em 2011, para 9%, em 2012.
Os moradores das regiões norte e leste são os que menos utilizam o carro todos os dias. Na zona norte o número caiu de 29% para 18%. Na leste foi de 27% para 21% em relação ao ano passado.
O número de cidadãos que possuem veículo, com renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos, caiu de 62%, em 2011, para 59%. Entre os que ganham mais de 5 salários mínimos, o percentual caiu de 84% para 74%.
A pesquisa revela também que os cidadãos estão gastando, em média, 2h30min no trânsito todos os dias. A média registrada no ano passado foi de 2h49min.
TRANSPORTE PÚBLICO
A ampliação das linhas do metrô e trem e a criação de corredores de ônibus são as principais medidas citadas pelos entrevistados como forma de reduzir o uso do automóvel na cidade.
Mais da metade (65%) disse que deixaria o carro em casa se tivesse uma opção de transporte adequado.
As áreas com mais problemas na cidade, para os entrevistados, são, na ordem: saúde, segurança pública, educação e trânsito.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Defeito fecha linha inteira de trem em SP e causa tumulto


Confusão aconteceu na estação Comendador Ermelino, na Zona Leste. PM foi chamada para conter o tumulto.



  Foto: Reprodução G1


Passageiros depredaram um trem da Companhia Paulistana de Trens Metropolitanos (CPTM) na Estação Comendador Ermelino, na Zona Leste de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17). A Polícia Militar foi chamada para conter a confusão e ajudava a esvaziar as composições por volta das 9h30.

Um banheiro químico foi jogado nos trilhos da Linha 12- Safira, que liga o Brás a Calmon Viana. Até as 9h30, não havia informações sobre feridos durante o tumulto.

A confusão aconteceu depois que uma falha de tração atingiu um trem que trafegava no sentido Brás, na Estação Engenheiro Goulart. O problema interrompeu a circulação na linha às 6h05.

Por conta do excesso de usuários, volta das 7h30, uma outra composição não conseguiu partir no sentido da estação Brás. Os usuários não aguardaram o restabelecimento e desceram à via, segundo nota divulgada pela CPTM.

Para conter o fluxo de passageiros, a companhia fechou todas as estações da Linha 12-Safira. A SPTrans informou que a operação Paese não foi acionada. As linhas, porém, que funcionam na região servida pela linha Safira operam como se estivessem em horário de pico para auxiliar os passageiros da CPTM prejudicados pela confusão.

SP: Trem-Bala vai ter estação em São José, confirma o governo


ANTT confirma em audiência que cidade terá parada obrigatória do TAV, assim como Aparecida, que já estava definida; além disso, governo já estuda mudar o traçado para evitar danos no Banhado.
Audiência pública do TAV em São José dos Campos. Foto: Marcelo Caltabiano/OVALE
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) confirmou na quinta-feira (13) que o governo federal deve definir Aparecida e São José dos Campos como as cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba que terão paradas obrigatórias do Trem-Bala, entre Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas.
Executivos da agência admitiram ainda a possibilidade de mudança no traçado do TAV (Trem de Alta Velocidade) para evitar que a ferrovia passe pelo Parque Municipal do Banhado, que é uma unidade de conservação integral.
Hélio França, superintendente-executivo da ANTT, disse que o estudo elaborado pelo governo para a implantação da primeira ferrovia de alta velocidade do país recomenda uma estação em São José dos Campos. “O que não está definido é a sua localização na cidade”, afirmou França.
Ele relatou que o local da estação será definido no projeto executivo da nova ferrovia, que será contratado pelo governo no próximo ano.
“A localização da estação vai levar em consideração os aspectos locais, urbanos, acessibilidade e preservação ambiental que garantam o melhor atendimento da cidade de São José e da região circunvizinha”, disse o executivo.
A estação de Aparecida foi mantida para atender ao público turístico da região, principalmente que visita o Santuário Nacional e os centros religiosos vizinhos, como o de Frei Galvão, em Guaratinguetá, e a Canção Nova, em Cachoeira Paulista.
Memória. Na modelagem anterior do TAV, que não prosperou pelo fracasso dos leilões de concessão da ferrovia, por falta de interessados, estavam previstas duas paradas obrigatórias na RMVale –uma em Aparecida e outra a ser definida pelo operador do sistema.
São José despontava como cidade potencial para abrigar a segunda estação. Na nova modelagem, apresentada ontem em audiência pública na cidade, quem indicará as paradas obrigatórias será o governo federal, informou França.
Ambiental. Sobre a possibilidade de mudanças no traçado da ferrovia, a questão será tratada no processo de elaboração do projeto executivo, mas a ANTT vai respeitar as restrições ambientais apontadas no estudo do Trem-Bala.
“Nos documentos que estão na audiência pública já existe restrição ao Banhado”, afirmou o superintendente.
“Nesse novo modelo, o projeto final será feito pelo governo, pela EPL (Empresa de Planejamento e Logística) e levará em consideração todas as restrições ambientais, recomendações e sugestões da comunidade. Será o resultado do diálogo entre a EPL, o governo a ANTT e as municipalidades com foco no desenvolvimento local e regional”, afirmou.
Pedidos. A audiência pública, reuniu cerca de 70 pessoas. A ANTT recebeu manifestações escritas e orais para que a estação do TAV seja em São José e que a ferrovia evite o Banhado.
No encontro, os executivos da agência apresentaram e coletaram subsídios à minuta do edital e do contrato de concessão referentes à primeira etapa de concessão do TAV.
Nesta etapa, será definido o fornecedor da tecnologia, do material rodante e operador do sistema. O leilão está marcado para maio de 2013.
Revisão
Obra do TAV deve começar em 2014
O governo federal trabalha com a previsão de que a obra de construção da ferrovia de alta velocidade será iniciada em 2014. Após a definição da tecnologia e do operador do sistema, será contratado o projeto executivo e iniciado o processo de escolha do consórcio que vai tocar as obras de implantação da nova ferrovia, que terá 510 quilômetros.
Audiência
Terceira reunião é hoje em Aparecida
A terceira audiência pública do projeto do TAV acontece hoje no Santuário Nacional, a partir das 9h. Ao todo, a ANTT irá promover sete reuniões. A primeira aconteceu terça-feira, em Brasília.
As próximas serão no Rio de Janeiro ( 18/9), Barra Mansa (19/9), Campinas (20/9) e São Paulo (21/9). Sugestões também podem ser envidadas à ANTT até o dia 24 de setembro.

Indústria ferroviária acelera ritmo de produção


Plano Nacional de Logísitca, Ferroanel e renovação do sistema impulsionam indústria ferroviária no ABC paulista.
SP | Diário do Grande ABC
O Grande ABC, conhecido por ser um polo automobilístico, também se movimenta com a indústria ferroviária. A norte-americana Progress Rail, empresa do grupo Caterpillar e que tem sede para a América do Sul em Diadema, intensifica o ritmo de produção de motores de tração - fabricados no município - para trens de carga e, em outubro, outra unidade fabril da empresa, em Sete Lagoas (MG), começa a entregar suas primeiras locomotivas novas nacionais.

A linha de montagem da planta mineira, em fase final de implantação, receberá os motores produzidos na região. As perspectivas são promissoras. O diretor geral da companhia, Carlos Roso, assinala que, nos próximos cinco anos, deverão ser lançadas 1.000 locomotivas, ou cerca de 200 por ano. Segundo o executivo, é esperado crescimento de 40% no faturamento neste ano frente 2011.

Além de produzir para seus próprios veículos, a companhia exporta motores (para países como Chile, Canadá e África do Sul) e faz reformas e a manutenção de trens de operadoras do sistema férreo. Desenvolve serviços, por exemplo, para a Vale, para a MRS e tem equipe de 60 pessoas atuando no Metrô de Brasília.

A Progress Rail se preparou para o renascimento do mercado no Brasil, que tem ocorrido nos últimos anos. Depois de adquirir, em 2008, a fabricante brasileira MGE e fincar sua bandeira no País, a empresa investiu US$ 80 milhões nos últimos cinco anos em ampliação de suas operações e na nova fábrica.

ASCENSÃO - O Plano Nacional de Logística, lançado há duas semanas pela presidente Dilma Rousseff - que abrange a construção do Ferroanel, que passa pelo Grande ABC -, traz expectativa favorável no médio e longo prazo. "Vamos sentir os efeitos daqui cinco anos, porque há a fase de licitação das obras e das concessões. Mas é significativo, são 10 mil quilômetros de trilhos, alta de 40% em relação ao que existe hoje", afirma o presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Vicente Abate.

O segmento, de forma geral, festeja a elevação dos investimentos em ferrovia. A indústria de equipamentos ferroviários no Brasil deve expandir neste ano 12% em faturamento e fechar 2012 com R$ 4,7 bilhões em receita, segundo a Abifer.

"Existem 4.500 km em construção. A ALL, por exemplo, acaba de inaugurar trecho da Ferronorte. E o plano da Dilma é excepcional. Com o crescimento do transporte ferroviário, a indústria também ganha", diz Abate.

Ele observa que, no caso do novo programa, orçado em R$ 91 bilhões, num primeiro momento, o segmento mais demandado é a produção de dormentes, grampos de fixação e sinalizadores de vias. Depois, haverá impulso em vendas de locomotivas e vagões. E ressalta, no entanto, que parte significativa do investimento previsto pelo governo já deve ser feito nos próximos cinco anos.

CUSTOS - Apesar do entusiasmo com os planos de linhas férreas, representantes do setor citam que há entraves à indústria nacional, entre os quais o custo Brasil, por causa da alta carga tributária do País e de outras desvantagens da produção nacional em relação aos concorrentes do Exterior. "Em igualdade de condições somos muito competitivos", diz o vice-presidente do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários), Luís Fernando Ferreira.

Ferroanel ajudará a reduzir tempo entre trens da CPTM

O novo Plano Nacional de Logística, lançado há duas semanas pela presidente Dilma Rousseff e que inclui a construção do Ferroanel (linhas férreas para o transporte de carga em redor da região metropolitana), vai causar efeitos favoráveis no transporte de passageiros da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Segundo o diretor de planejamento da CPTM, Silvestre Ribeiro, a meta da empresa é chegar a intervalos de três minutos entre um trem e outro. Atualmente, como há o compartilhamento das linhas da empresa com as de carga da MRS, isso é inviável.

Entretanto, ele destaca que, além de poder usufruir de trilhos com exclusividade para o transporte de pessoas, a redução do tempo de frequência envolve uma série de outras coisas em andamento: a melhoria dos sistemas de energia e de sinalização e a compra de mais trens - a companhia iniciou processo de licitação para adquirir mais 65, cada um com oito vagões. Em 2014, o diretor projeta que já será possível chegar aos quatro minutos.