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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mais planos para os transportes


A região metropolitana de São Paulo deverá ganhar mais duas linhas de metrô. Uma delas, na capital, ligará a Lapa, na zona oeste, à região da Avenida Faria Lima e do bairro de Moema. A outra ultrapassará as fronteiras entre municípios e ligará a Avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul, a Guarulhos. O projeto das novas linhas consta do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2012-2015 que o Executivo enviará à Assembleia Legislativa ainda neste mês. Dele constam também outras linhas que deveriam ter sido entregues entre 2008 e este ano de 2011, mas que sofreram atrasos ou nem sequer foram iniciadas.

Das duas primeiras fases da Linha 4-Amarela, só uma será entregue e o prolongamento da Linha 5-Lilás até a Chácara Klabin também ficou na promessa, assim como a Linha 13-Jade da CPTM, o chamado Trem de Guarulhos. Tão importante quanto planejar o futuro é realizar o que já foi proposto, caso contrário os planos plurianuais irão, a cada período, ficando mais recheados de projetos não executados. Como bem disse a urbanista Ermínia Maricatto em entrevista ao Estado, no Brasil ninguém respeita planejamento. "Tem plano sem obra e obra sem plano", afirmou.

A necessidade de investir em transporte público de massa, em especial no metrô, é indiscutível, uma vez que a malha viária não tem mais como suportar uma frota que continua a crescer rapidamente. Na página de abertura do portal do PPA 2012-2015, o governo paulista declara sua intenção de estabelecer, por meio desse plano, "a igualdade de oportunidades, com condições sociais mais equilibradas e a geração de empregos, posicionando o Estado como centro financeiro e logístico continental e como o grande referencial de negócios empresariais do Hemisfério Sul". Essa é a vocação de São Paulo, mas para torná-la realidade é urgente a melhoria do setor de transporte público, o que exige o cumprimento das metas fixadas para ele, no menor prazo possível.

Entre as diretrizes estratégicas do PPA 2012-2015 está a que atribui ao Estado o papel de integrador do desenvolvimento regional e metropolitano. Para isso, é fundamental a criação da Autoridade Metropolitana de Transporte (AMT). Com autonomia administrativa e financeira, esse órgão conduziria a política de transporte metropolitano de passageiros com mais agilidade, integrando os esforços dos municípios, do Estado e da União. Ele teria como objetivo desestimular e reduzir o transporte individual, oferecendo transporte coletivo de qualidade.

Metrópoles dos países ricos, como Londres, Nova York, Madri e Barcelona, já adotaram essa medida e a rapidez com que resolvem seus problemas de mobilidade é, em grande parte, resultado disso. A implantação da AMT exige a criação de um consórcio, composto por Estado e municípios dispostos a aderir.

Há um ano, o prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Júnior, se reuniu com o então secretário dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, e propôs a elaboração de um projeto para promover a racionalização e a integração dos meios de transportes que atendem o município. Seria um plano piloto para a futura AMT e teria como um de seus objetivos principais integrar o transporte local à rede metropolitana.

Em setembro, ao inaugurar a Estação Tamanduateí do metrô, da Linha 2-Verde e da Linha 10-Turquesa da CPTM, que beneficiou milhões de passageiros que se deslocam entre o ABC e as regiões da Avenida Paulista e Pinheiros, na capital, o governador do Estado lembrou que a entrega da obra significava o início da implantação da AMT. O projeto reuniu trem, metrô e três linhas de ônibus intermunicipais que atendem os principais eixos de deslocamentos em São Caetano.

De lá para cá, no entanto, muito pouco se avançou na implantação desse órgão que poderia trazer a contribuição dos municípios da região metropolitana para a tarefa de construção do metrô, que isoladamente o Estado não consegue realizar com a rapidez necessária.

Editorial do O Estado de São Paulo


COMENTÁRIO SETORIAL SP

O editorial do jornal O Estado de São Paulo deveria ser mais incisivo, assim são quando criticam o governo federal. Deveriam ter falado das inúmeras irregularidades na gestão do transporte público do Estado de São Paulo, assim como os atrasos e as promessas que não saem do papel. O Plano Plurianual 2004-2007 do Alckmin, apesar de ter enchido várias páginas de jornal no período não saiu do papel. Assim como o Plano Expansão do Serra, em que pouca coisa foi feita. O governo Alckmin está pagando R$ 304 milhões a mais pela linha 5 – Lilás do Metrô. Se fosse no governo federal o caso seria motivo de escândalo na imprensa brasileira, mas o governo paulista isso é tratado de forma corriqueira. A temperatura das manchetes não sobem para os tucanos. Aliás, nem o nome do Alckmin é colocado no editorial, ao contrário do que ocorre com o governo federal em que citam até o DNA. Cabe lembrar que o jornal O Estado de São Paulo apoiou José Serra do PSDB na última campanha presidencial. O caos do trânsito e do transporte público é tratado de forma diferente a que foi tratada no período 2001-2004 na cidade de São Paulo. Era feito uma campanha ostensiva contra a prefeita culpando-a pelos congestionamentos que no período não ultrapassavam aos 120 quilômetros diários. Atualmente chega a ultrapassar os 200 e o nome do Serra e Kassab nem é citado. Dois pesos e duas medidas.

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