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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Governo estuda trem de Jundiaí a Campinas


Após pressão regional, CPTM promete analisar a viabilidade para reimplantar o sistema rumo interior. Projeto prevê paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.
Após pressão de vários municípios da região, o governo estadual vai realizar um estudo para analisar a viabilidade de reativar o transportes ferroviário de passageiros entre Jundiaí e Campinas. O edital com a indicação do estudo foi publicado no "Diário Oficial do Estado", com assinatura em conjunto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O trem não será expresso, como o governo já chegou a publicar recente estudo. Ou seja, de acordo com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, caso o transporte ferroviário de passageiros seja retomado, terá paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Por enquanto, o governo aceitou apenas estudar a possibilidade de retomar o transporte ferroviário entre Jundiaí e Campinas, depois de várias audiências públicas realizadas nos municípios vizinhos. Portanto, não há garantias para sua implementação.

Mas as esperanças cresceram após discurso do governador Geraldo Alckmin (PSDB) nesta segunda-feira, em Jundiaí, durante cerimônia para o lançamento do edital de licitação dos projetos básicos e executivos para implantação do Trem Expresso Jundiaí, que ligará o município a São Paulo em 25 minutos, sem paradas.

Após a publicação do edital, a CPTM prevê a abertura dos envelopes com as propostas em 60 dias. Com investimentos na casa dos R$ 150 milhões, a licitação será uma concorrência internacional e o vencedor terá o prazo de 24 meses para entregar os estudos.

A empresa a ser contratada desenvolverá todos os estudos de infraestrutura necessários para o empreendimento, considerando as variáveis ambientais e aspectos geotécnicos na elaboração dos projetos e possíveis adequações do traçado.

Segundo Alckmin, a linha terá 47 km de extensão. "Da Água Branca até Perus vamos aproveitar a mesma faixa ferroviária. Mas a partir daí será construída uma linha totalmente diferente do trajeto de hoje", explica.

Além disso, o traçado terá 20 km destinados para túneis e em alguns trechos serão construídos viadutos. "Esse trem vai passar por cima do rio Tietê", afirma Jurandir Fernandes.

O objetivo do governo do Estado e da CPTM é de que as obras comecem em 2014 e que o novo serviço entre em operação entre 2016 e 2017.
A licitação também contempla a elaboração dos projetos básicos para construção de uma nova estação em Jundiaí. Será elaborado um novo pátio de manutenção e estacionamento dos trens.

A demanda inicial da linha está estimada em cerca de 20 mil passageiros por dia. O serviço deverá ser implantado e operado por uma concessionária privada, por meio de PPP (Parceria Público-Privada) com investimento estimado em R$ 3,2 bilhões. Segundo o secretário, estima-se que o preço da passagem seja 10% superior à rodoviária, hoje a R$ 12,10.

Estações também serão reformadas

Oito estações da linha 7 da CPTM passarão por modernização ou reconstrução, inclusive a de Jundiaí, tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e passará por restauração.

Todas as estações serão adequadas ao novo volume de usuários e vão dispor de escadas rolantes e itens de acessibilidade, como elevadores, piso táteis, comunicação em Braille e adequação de corrimãos.

Serão investidos cerca de R$ 30 milhões nos estudos e R$ 675 milhões para obras. A previsão é que em 2013 os projetos básicos e executivos sejam concluídos. Na sequência será publicado o edital de contratação de obras com projeção de entrega entre 2014 e 2015.

Atualmente as estações de Franco da Rocha e Francisco Morato já estão em reformas. Segundo Geraldo Alckmin, a linha recebeu oito novos trens e 12 passaram por reformas. O governo do Estado também vai comprar 65 trens compostos por oito carros contínuos cada, ou seja, dá para andar por entre eles.

Para o prefeito de Jundiaí, Miguel Haddad (PSDB), o investimento em modernização na malha ferroviária é fundamental. "Assim vamos conseguir desafogar o trânsito intenso nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes", acredita.

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