Frota da Gol é padronizada, com modelos Boeing 737-700 e 800
Integração das companhias deve somar R$ 100 milhões em sinergias; processo começará assim que o negócio for aprovado pelo Cade
A Gol pretende excluir a marca Webjet e incorporar totalmente as operações da empresa. O processo iniciará assim que a aquisição, anunciada nesta sexta-feira, for aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Até lá, as duas companhias continuam a operar separadamente.
A integração de Gol e Webjet deve gerar uma sinergia de R$ 100 milhões em dois anos. Os principais ganhos são os slots (horários de pouso ou decolagem) da Webjet em aeroportos concorridos, como os de Brasília, Guarulhos e o Santos Dumont (Rio).
Com esses slots, teremos condições de ampliar a nossa oferta de voos diretores entre as principais cidades brasileiras”, disse o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, em conferência à imprensa nesta segunda-feira.
A Gol pretende renovar a frota da Webjet com os modelos padrão da Gol – o Boeing 737-700 e 737-800. Hoje, a Webjet opera 24 aeronaves de uma geração anterior (Boeing 737-300), o que faz com que seu custo de manutenção seja mais elevado. “Temos condições de renovar toda a frota da Webjet em um prazo de 18 a 24 meses”, diz Constantino.
O presidente da Gol evitou informar o prazo esperado pela companhia para a aprovação das empresas pelo Cade. Ele disse, no entanto, que deve solicitar ao órgão que a Gol possa integrar parte das operações da Webjet antes do julgamento.
A meta da Gol é iniciar acordos de code-share com a Webjet, o que permitirá que a aeronave de uma empresa transporte passageiros que compraram a passagem no site da outra. A companhia também vai solicitar ao Cade que os passageiros que voem pela Webjet consigam pontuar no programa de fidelidade da Gol, o Smiles.
Concentração
Constantino afirmou que a aquisição da Webjet faz parte de uma tendência global de consolidação no setor aéreo. Mas, segundo ele, isso não trará um aumento no preços das passagens. “Mesmo quando tivemos 90% do mercado aéreo controlado por duas empresas [TAM e Gol] o preço das passagens não interrompeu sua trajetória decrescente”, disse.
O executivo afirma que a empresa eleva sua capacidade de oferecer preços competitivos ao ampliar sua escala de operação.
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