Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, São Paulo, Brazil
O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O mito do planejamento tucano nas obras viárias da região metropolitana de São Paulo

O governo do Estado de São Paulo, nas mãos do PSDB há 16 anos, sempre se gabou de excelência administrativa, com seus “choques de gestão” e com a qualidade de seu planejamento, marca registrada de uma administração supostamente austera na realização e cumpridora de prazos. Não é o que os munícipes têm visto. A seguir, estão expostos alguns casos nos quais a falta de planejamento, alem de causar atraso no prazo de entrega das obras, acarreta um sobrepreço, muito superior aos gastos previstos inicialmente na licitação. A má gestão do dinheiro público e o seu consequente desperdício são a real marca dos governos do PSDB em São Paulo

Na Jacu-Pêssego, o aumento do valor da obra chega a 175%

A Jacú-Pêssego é uma avenida da capital paulista construída em 1996. Com a inauguração, em 2008, do acesso Rodovia Airton Sena, foi anunciado o seu prolongamento, entre o trevo da Avenida Ragueb Chohfi, na zona leste da capital, até a Avenida Papa João 23, em Mauá, possibilitando aos motoristas chegar ao trecho sul do Rodoanel. Essa obra, que fazia parte do calendário eleitoral de inaugurações do ex-governador e candidato a presidente derrotado José Serra, foi entregue incompleta e com atraso em outubro de 2010. O gasto inicial previsto na licitação, de R$ 835 milhões, dobrou até essa data, para atingir R$ 1,9 bilhão. Já consumiu dos cofres públicos R$ 2,3 bilhões – 175% de sobrepreço – e a ultima previsão do governo é que estará concluída somente em setembro.

Até lá, os moradores dos bairros da zona leste continuarão a sofrer com as enchentes, devido a falta de obras de infraestrutura para a solução do problema, e os motoristas, a conviver com os assaltos que ocorrem com frequência na via, por falta de iluminação.

                                   Rua Confederação dos Tamoios fica esburacada após as obras




Av.Jacú-Pêssego iluminada emergencialmente por geradores a diesel

Sobrepreço da duplicação da Marginal Tietê equivale a sete hospitais

Uma das jóias do calendário eleitoral de inaugurações do ex-governador e candidato a presidente derrotado José Serra era a duplicação da avenida marginal Tietê. Anunciada com pompa, a propaganda da obra, orçada inicialmente em R$ 1 bilhão, prometia reduzir em 35% o tempo gasto no seu percurso. Mas, assim como toda obra tucana, essa também peca pela falta de planejamento e qualidade de gestão. Com o seu custo elevado em 75% acima do previsto inicialmente, e 10 meses de atraso, foi entregue nesta quarta-feira, 27/07,a ponte estaiada sobre o rio, que integra o complexo viário, sem a conclusão e sem a previsão de construção da alça de acesso ao bairro do Bom Retiro. A pressa explica-se pelo calendário eleitoral – as eleições municipais de 2012.

Com o sobrepreço de R$ 750 milhões, seria possível construir 300 escolas, ou 7 hospitais de 200 leitos cada.




Ponte estaiada inaugurada sem a prometida alça de aceso para o Bom Retiro


Na parte superior, a esquerda, o acesso ao Bom Retiro sem previsão de entrega

Rodoanel trecho Sul, paradigma do mau planejamento tucano


O trecho sul do Rodoanel, outra obra eleitoral do ex-governador e candidato a presidente derrotado José Serra, é o campeão da falta de planejamento/incompetência. Realizada a toque de caixa, a via cruza dois dos reservatórios de água estratégicos da região metropolitana, as represas Billings e Guarapiranga. São inúmeras as denúncias de não cumprimento das exigências previstas no EIA-Rima, para a obtenção da licença ambiental.



O metodo de corte-aterro causa danos irreparáveis no meio ambiente


Pressa e falta de experiência colocam vidas em risco no Rodoanel trecho Sul


A queda de três vigas de uma viaduto em construção, no dia 13 de novembro de 2009 ferindo 3 pessoas, foi um sinal de que a pressa na construção do trecho sul do Rodoanel iria provocar muitos problemas no futuro. De fato, no dia 26 de julho, a imprensa noticiou que um erro no projeto, ao custo de R$ 17 milhões, inviabiliza o uso da principal alça de acesso do Rodoanel à rodovia Regis Bittencourt, em Embu das Artes. Inaugurada em junho do ano passado, a via não é liberada pela concessionária Autopista Regis Bittencourt e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres sob a justificativa de que é insegura, em razão da existência de um afunilamento da pista no seu lance final. Esse grosseiro erro de engenharia exige dos motoristas que reduzam forçosamente a velocidade, mais do que a cautela ou as leis do trânsito o exigiriam.


Inexperiência, pressa e economia de matérias segundo os especialistas



R$ 17 milhões na mais cara obra eleitoral do estado


Os Filhos do Rodoanel

O descaso dos tucanos paulistas para com as pessoas carentes não é novidade. Mas no caso do trecho sul do Rodoanel é gritante. Desatentos ao fato de que uma obra desse porte atrairia milhares de operários – 22 mil no auge da construção – os responsáveis pelo planejamento e gerenciamento da obra não previram o problema social que disso adviria. O resultado é que nas regiões por onde a obra passou ficou um rastro de bares e pequeno comércio falidos, tráfico de drogas, prostituição infantil e mães solteiras.

De acordo com estatísticas das autoridades dos municípios por onde passa o Rodoanel, houve um aumento na taxa de natalidade nas proximidades dos canteiros da obra. Isso foi confirmado em reportagem feita pelo jornal tucano Folha de São Paulo, na edição de 24/07/2011. Entrevistadas, mulheres residentes no local informam que tiveram filhos de operários da obra.



Mãe de filho do Rodoanel chora sem condições de criar o rebento


A tecnologia tucana em atraso e sobrepreço também na prefeitura de São Paulo


Na Prefeitura de São Paulo o planejamento tucano também está presente, desde a breve passagem por lá do ex-governador e candidato a presidente derrotado José Serra. O viaduto Padre Adelino, na zona leste da capital, é um dos exemplos ilustrativos de sua marca registrada. Iniciada em 2007 com dois anos de atraso, a obra deverá ser concluída somente em agosto, dez meses depois do prazo inicialmente previsto. E o sobrepreço? A justificativa oficial das desapropriações não previstas originalmente eleva o seu custo em R$3,2 milhões


Obras que nunca acabam no Viaduto Padre Adelino – 1




Obras que nunca acabam no Viaduto Padre Adelino – 2




Obras que nunca acabam no Viaduto Padre Adelino – 3


http://ruifalcao.com.br/o-mito-do-planejamento-tucano-nas-obras-viarias-da-regiao-metropolitana-de-sao-paulo/

Nenhum comentário:

Postar um comentário