Revista América Economia
O governo federal pretende investir R$ 74 bilhões até 2015, através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em transporte ferroviário, ampliando a malha de 28 mil km para 35 mil km. Além disso, até 2023, o investimento em projetos do setor deve chegar a 150 bilhões, mais da metade do previsto para todo o transporte brasileiro.
“As ferrovias foram deixadas de lado e, por isso, não acompanharam o ritmo de crescimento do país”, analisa Paulo Sérgio Passos, secretário-executivo do Ministério dos Transportes. Se comparado a países emergentes, o Brasil tem menos da metade das estradas de ferro que a China e seis vezes a menos que a Índia.
O objetivo do governo é fazer das vias férreas o principal meio de transporte de cargas do país. Hoje, as rodovias representam 58% do total, contra 21% das estradas de ferro. O transporte por trilhos pode ser até 30% mais barato e muito mais eficiente do que por estradas asfaltadas, já que em apenas um vagão é possível carregar quase dez vezes mais do que num caminhão.
Confira alguns números do transporte ferroviário no país:
- R$ 74 bilhões devem ser investidos pelo PAC até 2015, ampliando a malha ferroviária de 28 mil km para 35 mil km.
- Até 2023, R$ 150 bilhões devem ser investidos em projetos do setor por meio do Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), mais da metade dos 290 bilhões previstos para o transporte brasileiro.
- Com isso, o transporte ferroviário poderá voltar a ser o principal do Brasil, com 35%, contra 30% do transporte rodoviário. Hoje essa proporção é de 58% para 21%.
- Dos 28 mil km de estradas de ferro, 3 mil km estão plenamente ocupados, 7 mil km estão abaixo da capacidade e 18 mil km estão subutilizados.
- Projetos visando a ampliação de 17 mil km de estradas de ferro já estão em fase de estudo, enquanto 5 mil km já estão em andamento ou entram em licitação nos próximos meses.
- O transporte por trilhos é mais barato (até 30%) e eficiente (cada vagão carrega quase dez vezes mais do que um caminhão) do que pelas estradas.
- Proporcionalmente, o Brasil tem menos da metade de km de estradas de ferro do que a China, seis vezes menos do que a Índia e sete vezes menos do que os EUA.
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