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sexta-feira, 26 de março de 2010

Projeto de monotrilho para São Paulo é criticado em seminário do PT e PC do B

Postado por Mpost 


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A implantação do monotrilho na ligação Vila Prudente-Cidade Tiradentes, anunciada pelo governo estadual em parceria com a Prefeitura de São Paulo, foi criticada durante seminário sobre transporte público realizado esta semana pelas Bancadas do PT e do PC do B no Legislativo municipal. Neste encontro sobressaiu a impressão de o projeto ter sido anunciado de forma improvisada, sem discussão com a população e, principalmente, sem

estudo adequado sobre sua viabilidade.

Em 2009 o governo estadual anunciou que havia desistido de levar a linha 2 (Verde) do metrô até a Cidade Tiradentes e optado por implantar o monotrilho para completar o trajeto entre a Vila Prudente (onde ficará

a estação final da linha 2) e a Cidade Tiradentes. A medida deixou a população insatisfeita e preocupada.

Além de o Brasil não deter conhecimento técnico sobre monotrilho, esse meio de transporte carrega cerca de 18 mil usuários hora/sentido, contra 50 mil do metrô.

“Os últimos governos estaduais não mostraram interesse na ampliação da malha metroviária e agora lançam essa proposta de monotrilho. O que notamos é a ausência de uma política mais arrojada para o sistema de transporte e na ausência disso recorre-se a paliativos”, observou o vereador João Antônio (PT).

Senival Moura, membro da Comissão de Trânsito e Transporte da Câmara Municipal, lamentou que de 2005 para cá a prefeitura tenha parado de investir na expansão e melhoria dos corredores de ônibus, alternativa de transporte enquanto o metrô não é ampliado. O superintendente da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos), Marcos Bicalho observou que o monotrilho pode ser um complemento do sistema de transporte, juntamente com o ônibus e o metrô. O problema, completou, é que atualmente o poder público está mais interessado em atender o

transporte individual (de carro) do que o coletivo, além da falta de articulação entre as esferas municipal e estadual. “Não investimos e nem operamos o transporte público para melhorar a mobilidade urbana”, frisou Bicalho, que fez um amplo diagnóstico sobre o assunto.

“Nós precisamos influir no processo decisório dos investimentos em transporte. A população, que é a usuária final, tem que participar da discussão e ser ouvida”, afirmou o vereador do PC do B Jamil Murad.

O deputado estadual do PT Adriano Diogo criticou duramente a opção pelo monotrilho, pois não é um meio de transporte de massa. Para ele, as gestões Serra e Kassab “vendem” o monotrilho como solução para o

transporte para obterem dividendos políticos na eleição presidencial de outubro. “Não estamos aqui para fazer debate técnico. Nossa discussão aqui deve ser política, como barrar esse plano”, atacou Adriano. “Como

disse o Adriano, querem implantar o monotrilho até Cidade Tiradentes para fazer de cobaia a população. Não conheço nenhum lugar do mundo que troca um meio de transporte (metrô) por outro (monotrilho), como se

fossem a mesma coisa”, observou Wagner Fajardo, diretor do Sindicato dos Metroviários e secretário-geral da UIS (União Internacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Transportes).

Para o deputado federal Carlos Zarattini (PT), o abandono dos corredores e as sucessivas mudanças nos planos de mobilidade em São Paulo mostram que a prefeitura e o governo estadual só fazem defender os interesses dos fornecedores de material de transporte. Ele acrescentou que o monotrilho pode representar um risco à população,

pois essa oferta de transporte pode ficar muito aquém da demanda.

Marcos Kyoto, mestrando em transporte público pela Faculdade de Arquitetura da USP, criticou a ausência de dados oficiais sobre o projeto de monotrilho.

Também participaram do seminário o presidente da Comissão de Trânsito e Transporte, Juscelino Gadelha (PSDB), os vereadores petistas Juliana Cardoso, José Ferreira (Zelão) e Chico Macena, e os vereadores Eliseu

Gabriel (PSB) e Netinho de Paula (PC do B).


Fonte: Boletim PTCâmaraSP











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