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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

domingo, 15 de abril de 2012

Frota de ônibus está no limite e ainda não atende a demanda, dizem especialistas


Aumento de velocidade e extensão dos corredores são medidas mais eficazes

Julia Carolina, do R7.

A frota de ônibus municipais na cidade de São Paulo aumentou em 28 veículos nos últimos seis anos. Quase no mesmo período, de 2006 a 2011, o número de passageiros transportados nos coletivos cresceu cerca de 10%, indo de 2.661.110.194 para 2.940.855.147. A diferença nesse aumento proporcional reflete diretamente no dia a dia dos cidadãos que sofrem com os ônibus lotados e a falta de conforto. Apesar disso, especialistas apontam que só aumentar a frota pode agravar ainda mais o problema de trânsito na cidade e, com isso, deixar as viagens dos trabalhadores ainda mais demoradas.

De acordo com levantamento da ONG Nossa São Paulo, baseado em dados da SPTrans (empresa municipal que administra o transporte coletivo), 14.905 ônibus estavam em circulação na cidade em fevereiro de 2006. No mesmo mês de 2012, esse número praticamente não mudou, passando para 14.933. Ainda segundo os dados da ONG, foi em 2011 que a cidade chegou a marca dos 7 milhões de veículos, sendo mais de 5 milhões particulares.

Para o ex-secretário de Transportes de São Paulo Getúlio Hanashiro, o crescimento da frota na capital poderia sobrecarregar o sistema e pouco faria para solucionar o problema da lotação. Ele defende outros investimentos para melhorar a situação.

— Do ponto de vista da frota, há uma certa lógica nesse pequeno aumento, porque outros meios vem sendo implantados para acompanhar o crescimento populacional. Primeiro que houve ampliação da linha de Metrô. E houve também um aumento considerável da frota de carros, o que significa que tem mais gente usando o carro.

Segundo Hanashiro, a velocidade média dos ônibus é mais importante do que a quantidade de veículos em circulação. A lógica do ex-secretário é simples: andando mais depressa, cada veículo pode levar um número maior de pessoas.

Luís Flora, diretor de relações institucionais e jurídicas da Associação Nacional de Trânsito de São Paulo, concorda que é necessário “otimizar” o transporte público da capital.

— Temos ônibus que andam a pouco mais de 10 km/h. É importante a cidade ter uma logística e planejamento. Você não precisa aumentar a frota, mas tem que otimizar o transporte. Do modo como está, você está estimulando as pessoas a andarem de carro.

De acordo com a SPTrans, a velocidade média dos corredores em 2011 foi de 15 km/h. Na comparação com 2010, quando a velocidade era de 13,9 km/h, houve um pequeno aumento. De acordo com Flora, a velocidade ideal ficaria perto dos 50 km/h. O especialista afirmou que essa seria uma velocidade boa para a fluidez do trânsito, porém sem colocar em perigo os passageiros dos ônibus.

Quanto à frota, em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Transportes e da SPTrans, disse que renovou 83% do total de ônibus da capital. Entre janeiro de 2005 e fevereiro de 2012,12.516 novos veículos substituíram outros que já estavam em circulação. Segundo o órgão, essa renovação proporcionou o aumento da capacidade do sistema de transporte em 5%, sem sobrecarregar o viário com mais veículos.

Corredores

Apesar de ter colocado como meta a construção de 66 km de corredores de ônibus na cidade de São Paulo até o fim de seu segundo mandato, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) não entregou nenhum quilômetro nos três anos que se seguiram a sua eleição.

De acordo com a SPTrans, é apenas neste semestre que começa a licitação para a construção de 68,5 km de vias exclusivas para o transporte público. A medida agrada os especialistas, que defendem o corredor, mas eles ainda ressaltam que esta não é a única solução.

...Luís Flora relembra que não adianta tirar uma ou duas faixas de carros para colocar ônibus que não fluem no transito.

— Corredor não adianta se os coletivos rodam a 11 km/h. Você tira uma faixa ou duas de outros veículos, então não poder ter ônibus circulando a essa velocidade baixa. Mas se for bem planejado, é uma ótima solução.

Além disso, Flora aponta que os corredores de ônibus precisam estar integrados e é necessário ter mais terminais centralizados. Segundo o especialista, “o grande vilão é a falta de planejamento”.

COMENTÁRIO SETORIAL

Na verdade falta é priorizar o transporte público, o que não foi feito ´no governo do Serra nem no do Kassab. Nesse último mandato nenhum corredor de ônibus foi construído. Para ajudar na propaganda agora Kassab vem a anuncia 8 corredores. Assim como já havia anunciado outros 6 que não saíram do papel anteriormente. Ele faz esse jogo por contar com a cumplicidade da imprensa que não o desmascara. A mídia apadrinha Kassab e inclusive ajudou a elegê-lo não publicando as críticas que a pior gestão que São Paulo já teve mereceriam. Como a imprensa comunga da mesma ideologia do Kassab, que não tem nenhum compromisso com o povo paulistano, ele foi poupado.Na verdade estão protegendo José Serra, que é o mentor de Kassab e quer usar a Prefeitura como trampolim para mais uma candidatura à presidência. Serra fez uma gestão medíocre na Prefeitura de São Paulo. Em 8 anos só contruíram integralmente 2,7 km de corredores. É muito pouco para uma metrópole com 11 milhões de habitantes. Então não é falta de planejamento, mesmo porque a Prefeita Marta Suplicy deixou o planejamento pronto do Interligado que não foi terminado; é a falta de responsabilidade com a mobilidade urbana, é disso que se trata.

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