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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Acidente, propinas, corrupção e panes marcam linha 4



Imprensa PT ALESP

Com apenas uma semana de operação em horário completo, a linha 4 – Amarela do Metrô já apresentou duas panes, sendo que a última manteve todas as estações fechadas por quatro horas, na segunda-feira (3/10), o que levou o caos para milhares de trabalhadores. Isto porque a falha provocou efeito cascata nas outras linhas, no sistema de ônibus e no trânsito em geral. A concessionária que adminstra a linha (ViaQuatro) limitou-se a dizer que a pane pode ter sido causada por erro humano e que a causa exata é investigada. Nem o governador Alckmin, nem a Secretaria de Transportes Metropolitanos informaram se alguma multa será aplicada à ViaQuatro.

PT quer ouvir secretário

O deputado José Zico Prado, presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, questiona se a grave pane da linha 4 não está no fato deste trecho ser “operado por uma concessionária, sendo esta linha a primeira a operar no modelo de PPP – Parceria Pública Priva? Como o Metrô e o governo do Estado vai se posicionar nestes casos de concessão?".

O petista já protocolou Requerimento de Informações para que o secretário estadual de Transportes Metropolitanos informe os motivos que levaram à interrupção da linha. “Causa estranheza que uma linha nova, que já passou pelo período de testes, apresente falhas obrigando o seu fechamento por mais de quatro horas, prejudicando milhares de passageiros”, explica José Zico.

O deputado Alencar Santana, na Tribuna nesta terça-feira (4/9), também argumentou que se faz urgente uma explicação do secretário.

Mais cautela com sistema

A linha 4 é baseada em sistemas totalmente automatizados e é um tipo de operação que exige mais cautela. "Quanto mais de ponta for a tecnologia de automação, mais testes são necessários", diz o presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô, José Geraldo Baião.Para o professor de Engenharia Civil do Centro Universitário FEI Creso de Franco Peixoto o sistema ainda precisa "amadurecer" para ser mais seguro. "Por enquanto, o metrô deveria trabalhar com níveis de redundância e protocolo um pouco mais altos."

Para o deputado Simão Pedro, estamos chegando ao limite dos prejuízos e dos arranjos no Metrô paulista.

Só agora, depois de inúmeras panes, o governo Geraldo Alckmin determinou a elaboração de um plano de contingência para agilizar a tomada de decisões no caso de panes na linha 4. A ordem é que técnicos do Metrô, CPTM e ViaQuatro preparem um relatório de procedimentos padronizados a serem tomados para cada falha.

Linha já começou com problemas

A primeira dificuldade com a linha 4 foi com o prazo de entrega das obras. O projeto começou em 2001 e, na época, a estimativa era de que a linha fosse concluída até 2006.

No dia 12 de janeiro de 2007, já atrasada, a construção sofreu um grave acidente: a abertura de uma cratera de 80 metros de profundidade onde hoje funciona a estação Pinheiros. Sete pessoas morreram no acidente. O acidente forçou 212 pessoas a deixar suas residências – foram interditados 94 imóveis do entorno. O PT propôs a instalação de uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, mas com o boicote dos deputados governistas, o pedido não conseguiu o número regimental de assinaturas.

Em 2008, vem à tona uma série de denúncias envolvendo agentes do governo do Estado de São Paulo e a multinacional Alstom em um esquema de recebimento de propinas em troca de assinaturas de contratos. Investigações de autoridades francesas e suíças são de um período em que existiam dois contratos com a Alstom e o governo do Estado um de US$ 75,9 milhões, feito em 1997 para extensão da linha Verde do Metrô, e outro de US$ 539,3 milhões para realização de obras da linha Amarela, esse de 2003.

O PT também apresentou pedido de CPI, mais uma vez boicotado pela base governista, e representou o Ministério Público.

Em 2010, o ex-presidente do Metrô, Luiz Carlos Frayze David, foi mencionado em reportagem da revista Época com indícios de ter recebido propina da construtora Camargo Corrêa. A mesma matéria apontou que manuscritos apreendidos pela Polícia Federal, durante a Operação Castelo de Areia, mostram que teria havido corrupção nas obras de extensão da linha 4 do Metrô.

62 panes no Metrô desde 2007

“A fragilidade de todo o sistema de metrô da Capital fica a cada dia mais evidente, tamanho o número de panes já registradas. Levantamento aponta, ao menos, 62 falhas grave de dezembro de 2007 até agora”, afirma o líder da Bancada do PT, deputado Enio Tatto.

Um comentário:

  1. Os planos da CPTM de desativar a estação Julio Prestes CPTM em foco “Estação Júlio Prestes poderá ser fechada”, sob a alegação que esta subutilizada, é mais um capítulo do descaso que se impõem aos usuários de trens suburbanos, faz com que todos tenham prejuízos com esta decisão, porém os usuários da linha 10-Turquesa (ABC) foram os mais prejudicados.
    Se a estação Júlio Prestes hoje se encontra subutilizada, é porque os planejadores não tiveram a sensibilidade de visualizar que esta estação terminal, só têm condições de receber composições provenientes de Barra Funda / Água Branca, inclusive os futuros trens regionais procedentes de Campinas, Sorocaba, entre outras cidades do interior, linha 7 procedente de Francisco Morato, e linha 8 procedente de Itapevi, se for para usar como terminal, porque não se transferiu a linha 7 para Júlio Prestes que fica próxima e esta subutilizada, uma passagem subterrânea poderia interligar estas duas estações com distância semelhante a percorrida pelos usuários da linha 10 até a estação da linha 3 do metro no Brás podendo os usuários terem acesso as linhas 1 e 4 do metro na Luz, ficando com três linhas de metro a disposição.
    A estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, esta estação do Metro deveria ser em outro local, jamais na Luz, sem que a estação Nova Luz, e a de Bom Retiro estar concluída, e antes que tentem justificar que os subterrâneos da estação Júlio Prestes esteja tombada, e por isto que a linha-4 Amarela não foi instalada lá, é a mesma situação da Luz.

    A Estação Nova Luz que dizem estar planejada para ficar no lado oposto a Júlio Prestes, e poder ser utilizada como uma futura estação de integração com o TAV e ser interligada a ambas, pois a Luz é uma estação de característica de passagem, e não terminal, e é um desperdício logístico utilizá-la como esta sendo feito atualmente. O tempo perdido entre a chegada da linha 7 na Luz, desembarque, manobra para entrar na linha oposta, embarque e partida, chega próximo aos 5 minutos em plena região central de São Paulo, ficando claro ser um desperdício utiliza-la como terminal.

    Nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão "planejando" outros inúmeros transbordos na nova Estação Tamanduateí com as linhas 10-Turquesa, 2-Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso São Mateus Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz.
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    O resultado disto é que hoje temos a Estação da Luz saturada e próximo ao caos, enquanto que a duas quadras a Estação Júlio Prestes subutilizada em um local estratégico, cujo destino previsto é de uma sala com “N” finalidades porem nenhuma como estação ferroviária de passageiros.

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