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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Alckmin nega repasses federais ao Metrô, mas é desmentido

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), negou hoje (17) a existência de recursos federais nas obras dos trens metropolitanos e do metrô paulistano, mas acabou contrariado por um estudo e pela consulta aos sistemas de transparência. “Não tem um centavo do PT em trem e metrô de São Paulo, só tem críticas e aleivosias como esta”, afirmou o tucano, durante evento no Palácio dos Bandeirantes. Por Rede Brasil Atual Questionado sobre o choque entre trens ocorrido ontem (16) próximo à estação Carrão, na zona leste da capital paulista, o governador criticou estudo divulgado pela bancada do PT na Assembleia Legislativa mostrando corte de recursos na modernização e na construção de novas linhas. Para ele, os petistas “pinçam” dados na tentativa de prejudicá-lo, em episódio que classificou de “baixeza eleitoral” de “quem não contribui com nada para o sistema metroferroviário”. A consulta ao Portal da Transparência, porém, desmente a versão do governador paulista. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), apenas com vistas à Copa de 2014 serão repassados pouco mais de R$ 1 bilhão do governo federal. A verba tem como objetivo a construção do monotrilho, que o governo estadual considera como uma extensão dos sistemas de trens e metrô. O próprio portal de transparência do governo do PSDB desmente a afirmação de Alckmin. O convênio 610977, firmado em 2007 entre o Ministério das Cidades e o Palácio dos Bandeirantes, repassou R$ 271 milhões à Companhia do Metropolitano de São Paulo, o Metrô. O objetivo foi o prolongamento da Linha 2 – Verde, em especial para a construção entre os bairros Ipiranga e Vila Prudente, na zona leste. Este é, aliás, um dos maiores contratos firmados nos últimos 16 anos entre as gestões federal e do estado. Segundo a bancada do PT na Assembleia, que consolidou e atualizou os repasses feitos de 1995 a 2011, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, ambos do PT, enviaram ao sistema de trens e metrô R$ 15,2 bilhões nos últimos nove anos. Por outro lado, entre 1995 e 2002 o então presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, assinou contratos no valor de R$ 4,6 bilhões. Acidente Em conversa com jornalistas após evento no palácio, Alckmin minimizou o acidente, que deixou ao menos 47 feridos, enfatizando que se trata de um módulo de transporte responsável por transportar 5 milhões de passageiros ao dia. “Quero destacar que o metro é um sistema seguro, transportamos 11 bilhões de passageiros nos últimos dez anos”, afirmou. “A investigação está em curso ainda, vamos aguardar, mas provavelmente não foi falha humana, foi uma falha técnica do sistema. Isso está sendo averiguado com enorme responsabilidade.” Ontem (16), ao visitar o local do acidente, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes,atribuiu o número elevado de feridos ao comportamento dos passageiros. “A velocidade era baixa, semelhante à velocidade de quando os trens engatam. Algumas pessoas só se machucaram porque estavam distraídas”, afirmou. COMENTÁRIO SETORIAL Outra grande besteira dos tucanos e também do pessoal do IPEA que recentemente fez um artigo sobre é não considerar financiamento como ajuda do governo federal. A partir da Constituição de 1988 a mobilidade urbana passou a não ser da alçada do governo federal e sim dos governos municipais e estaduais. O governo Lula em 2003 assumiu com muita restrição fiscal e o país no fundo do poço. Com a política econômica biófila implantada pelo governo Lula finalmente o Brasil começou a crescer e distribuir renda. isso fez com que os Estados também aumentassem a capacidade de endividamento. Só para o governo de São Paulo foram liberados empréstimos no valor de R$ 21 bilhões para transportes, sendo R$ 15 bilhões para o Metrô e a CPTM. E a partir do PAC o governo federal começou a intervir em políticas que essencialmente eram dos municípios e estados, como construção de casas populares, pavimentação, saneamento e mobilidade urbana. O governo federal sancionou a Lei da Mobilidade Urbana focando o planejamento. Com o PAC Mobilidade Urbana o governo federal está construindo uma política para o setor que vai inicialmente ter ação nos muncípios com população acima de 700 mil habitantes e nas capitais que vão sediar a Copa do Mundo. O governo de São Paulo é incompetente para gerir um sistema complexo como o Metrô e usando de má-fé tão próprio dos tucanos ao dizer que o Metrô de São Paulo tem uma extensão pífia por falta de ajuda do governo federal. Geraldo Alckmin deveria pedir para sair, pois se tudo que acontece em São Paulo, o governador eleito pelo povo não assume as suas responsabilidades, é porque não está apto a governar. O Estado de São Paulo tem tratado a mobilidade urbana sem nenhuma responsabilidade com o povo. Agora Metrô teve o primeiro grande acidente de sua história e o governador se esconde atrás de factóides? A cidade de Santiago do Chile tem 101 quilômetros de Metrô. Detalhe o chile tem metade do PIB de São Paulo. Assim não foi por falta de recursos que São Paulo tem apenas 74,3 quilômetros, fato escondido pela imprensa e sim por incapacidade de gestão. Talvez o dia em que o Metrô deixar as páginas policiais que apontam irregularidades, teremos uma rede compatível com o tamanho da cidade e do Estado de São Paulo

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