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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Atual modelo de desenvolvimento urbano vai inviabilizar a metrópole, diz Fernando Haddad

Na manhã do último sábado (05/05) durante seminário sobre Desenvolvimento Urbano onde Fernando Haddad discutiu soluções urbanísticas com Nabil Bonduk, Ruy Ohtake, Erminia Maricato e Alvaro Puntone e centenas de militantes de movimentos sociais, professores e interessados no tema para a cidade de São Paulo. A opção por tirar as populações mais pobres das regiões centrais da cidade, fazendo com que elas se desloquem para regiões distantes dos locais de trabalho e de equipamentos públicos, vai inviabilizar a metrópole. Este foi o alerta dado por Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura na plenária sobre desenvolvimento urbano do Conversando com São Paulo, movimento de discussão dos temas da cidade coordenados por ele. “Temos moradia no eixo leste e emprego no eixo sudoeste e o poder público não fez nada para equilibrar esta situação. As pessoas não podem demorar três horas e meia para chegar ao trabalho e mais três horas e meia para voltar. Se este modelo continuar, não haverá investimentos para deslocar a população de menor renda para onde há emprego, pois as pessoas estão, cada vez mais, sendo empurradas para a periferia”, comentou Haddad. Para Nabil Bonduki, professor de planejamento urbano da FAU-USP, a cidade precisa de um plano diretor que traga um modelo diferente de uso e ocupação de solo, destacante que a atual versão da lei vence neste ano e não foi aplicada em oito anos de gestão Serra/Kassab. “Temos de urbanizar e qualificar a periferia”, disse Bonduki. Ermínia Maricato, livre-docente da FAU-USP, destacou a crise vivida por São Paulo enquanto cidade. “Temos um aumento do preço dos imóveis associado ao colapso do transporte público, junto de um ataque às populações faveladas por causa da busca por terrenos. Não pode ser assim. A cidade precisa respeitar os mais pobres, pois os empregos estão em regiões centrais”, analisou. A relatora internacional do direito à moradia adequada do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Raquel Rolnik, entre outros temas, apontou o problema do lixo gerado na cidade. “Apenas 1% do lixo gerado na cidade é reciclável. Esta situação precisa ser modificada”, comentou. A zona Leste foi destaque da fala de Ruy Ohtake. Para ele, a cidade precisa pensar em um plano emergencial que leve emprego para a região. “Tem de haver uma operação urbana na Radial Leste e suas transversais, como foi feito na Faria Lima”, apontou. Segundo Álvaro Puntini, mestre e doutor pela FAU-USP, a cidade deve aproveitar seu potencial criativo para trazer soluções urbanísticas que busquem o melhor aproveitamento do dinheiro público. “Temos de transformar as coisas sem onerar os cofres públicos.”

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