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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Audiência com ministro da Aviação Civil causa decepção e sindicalistas prometem mobilização


Além da assembleia na próxima quinta-feira (16), no Aeroporto de Cofins (MG), a direção do SINA, com apoio da CUT e demais entidades, pretende buscar apoio em outros setores da sociedade e no Congresso Nacional contra a proposta de "concessão" do setor aéreo.


Por Linha Direta (CF), com informações do Sina e CUT


O presidente da Central Única dos Trabalhadores/CUT, Artur Henrique, o presidente do SINA, Francisco Lemos, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte/CNTT-CUT, Paulo João Estausia estiveram na semana passada em audiência com o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria da Aviação Civil da Presidência da República/SAC, para tratar sobre a questão da categoria dos aeroportuários e a privatização dos aeroportos.

O presidente do SINA, Francisco Lemos, informou ao ministro que os aeroportuários de três terminais – Guarulhos, Campinas e Brasília – aprovaram em assembleia, na semana passada, indicativo de greve em razão do governo, através da SAC, ter anunciado a abertura do setor de transporte à iniciativa privada. Lemos também disse que está prevista para a próxima quinta-feira (16/06) assembleia no terminal de Confins (MG). Já no Aeroporto do Galeão (RJ), ainda não há data definida.

O ministro voltou a afirmar que o modelo proposto irá garantir lucratividade para o Estado, falou da parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social/BNDES, mas não deu informações acerca do futuro dos trabalhadores/as da Infraero. Também não foi garantido que haverá continuidade no acesso às classes C e D.

Sobre a participação dos trabalhadores na modelagem do edital da concessão, Bittencourt admitiu que manterá contato com as entidades sindicais e que as ouvirá. Diante dessa postura Artur Henrique reagiu: "Só nos deram a oportunidade de dar sugestões e nós queremos influenciar no resultado final". Artur, também, deixou muito claro que 49% para a Infraero na parceria é muito pouco!

“Um dos primeiros argumentos do governo para abrir concessões e querer reservar para a Infraero, no máximo, 49% das ações dos aeroportos que serão privatizados, é de que a empresa estatal tem problemas de gestão e não tem fôlego financeiro para os investimentos que se fazem necessários. E que a lei das licitações, a 8666, engessaria a tomada de decisão por parte da Infraero – daí, segundo o governo, a necessidade de entregar o processo à iniciativa privada”, escreveu em artigo postado em seu blog.

Os dirigentes sindicais não esconderam a decepção causada pela manifestação do ministro e disseram que irão se mobilizar contra a abertura de concessão do transporte aéreo à iniciativa privada.

Para o presidente da CUT, Arthur Henrique, o modo como o governo pretende tocar esse projeto vai render problemas parecidos com o que vemos hoje no setor de energia elétrica. O líder da CUT conhece o setor, onde trabalhou e se tornou sindicalista quando o governo tucano privatizou empresas geradoras e transmissoras.

Artur informou que a CUT Nacional publicará Resolução contrária à concessão anunciada. Já o presidente do Sina, defensor do conceito do Aeroporto Popular, considerou a posição de Bittencourt fora da realidade do Brasil atual. A posição do Sina conta com o apoio de outros sindicatos cutistas filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes, conforme frisou Paulinho, da CNTT-CUT.

Além da assembleia na próxima quinta-feira (16), a direção do SINA junto com a CUT e demais entidades pretende buscar apoio em outros setores da sociedade e no Congresso Nacional contra a proposta. Para isso, eles apostam na continuidade da mobilização da categoria.

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