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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

CPTM diz ao Consórcio que volta de trens à Luz está descartada



Trem partindo da Estação Tamanduateí

A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) reiterou ontem que os trens da Linha 10-Turquesa, que liga Rio Grande da Serra à Capital, não voltarão a ter a Estação Luz como destino. O presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), se reuniu ontem com o presidente da empresa, Manuel Bandeira, para tentar reverter a decisão anunciada em janeiro.

A reunião foi realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano e contou com a presença do titular da Pasta, Edson Aparecido, e dos deputados estaduais Vanessa Damo (PMDB) e Donizete Braga (PT). O fim da conexão na Luz prejudica os usuários que dependem das linhas 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi) e 4-Amarela (Luz-Butantã).

"Tecnicamente, diria que não tem como a operação voltar à Luz", advertiu Bandeira. Segundo o presidente, o objetivo da mudança é "garantir mais conforto" aos passageiros no terminal, por onde passam quase 500 mil pessoas ao dia. "O excesso de gente nas plataformas poderia trazer riscos às pessoas", acrescentou. A demanda na Luz aumentou no ano passado, após a inauguração da Linha 4-Amarela do Metrô.

Bandeira justificou o motivo de a Linha 10 ter sido a escolhida para o corte, e não a linha 7-Rubi (Luz-Jundiaí), que passa pela Estação Barra Funda antes de chegar ao centro da Capital. Na Barra Funda é possível acessar a Linha 3-Vermelha do Metrô. "Nossas pesquisas apontaram que a necessidade dos passageiros da Linha 7 de chegar à Luz é maior do que os da Linha 10. Decidimos, então, privilegiar a maioria." Também pesou na decisão o fato de que os usuários do Grande ABC têm uma opção a mais de baldeação, na Estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde (Vila Prudente-Vila Madalena).
O presidente do Consórcio afirmou que entendeu os motivos apresentados, apesar de "estar indignado como cidadão". "Esperamos que, com os futuros investimentos da CPTM e do Metrô, essa decisão não seja para sempre", acrescentou Mário Reali.

PROJETOS
No dia 27, o presidente da CPTM virá à região para apresentar à população os motivos que levaram a empresa a encerrar a baldeação na Luz e apresentar novos projetos. Um deles é a criação de estação de trem no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. A ideia é fazer com que o futuro Expresso ABC, que iria ter a Luz como ponto final, pare no novo terminal, oferencendo mais um acesso à região central da Capital. Ainda não foi definido o local da reunião, que será aberta ao público.

Diadema define se integração será cobrada
Será definido nesta semana se a baldeação nos terminais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) em Diadema continuará ou não sendo gratuita para os usuários que saem do sistema municipal e embarcam no corredor ABD, operado pela empresa Metra. O prefeito Mário Reali (PT) deverá se reunir com os secretários de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido.

"Será a reunião derradeira para que cheguemos à decisão final", garante Aparecido. Ainda não foi definido o local do encontro.

A discussão sobre o início da cobrança surgiu em outubro, quando a EMTU fez a proposta com o argumento de que precisaria cobrir os investimentos em eletrificação, repotencialização e ampliação do corredor. Uma das possibilidades avaliadas é que o usuário pague R$ 1 para fazer a conexão.
Mesmo sem a definição oficial, a EMTU já iniciou a instalação de catracas nos corredores que servem de passagem para os usuários que fazem a baldeação. Na avaliação de Reali, isso não significa, necessariamente, que a cobrança será feita. "Isso pode ser em função da aceitação dos cartões BOM (Bilhete de Ônibus Metropolitano) no trólebus."

Passageiros demonstraram irritação ao ver os novos pontos de bloqueio. "Isso vai dar confusão. Na empresa que trabalho, eles não querem pagar outra condução", lamenta a auxiliar de produção Priscila Reis, 25 anos. Para o também auxiliar Evaldo Melo, 59, os gastos adicionais farão com que muitos usuários utilizem veículos particulares. "Com certeza vai aumentar o trânsito nas ruas.", adverte.


Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

3 comentários:

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  2. Assim como acontece nas rodovias, não adianta a se adquirir mais composições como pretende a CPTM, se não se expandir, os locais para elas trafegarem.
    Se a estação Júlio Prestes hoje se encontra subutilizada, é porque os planejadores não tiveram a sensibilidade de visualizar que esta estação terminal, só têm condições de receber composições provenientes da Barra Funda, inclusive os planejados trens regionais procedentes de Campinas, Sorocaba, entre outras cidades do interior, o prolongamento de uma passagem subterrânea poderia interligar estas duas estações com distância semelhante a percorrida pelos usuários da linha 10 até a estação da linha 3 do metro no Brás podendo os usuários terem acesso as linhas 1 e 4 do metro na Luz, ficando com três linhas de metro a disposição.
    Com a entrada em operação da linha 2-Verde do Metrô a linha 10-Turquesa já supera em quantidade de passageiros a linha 7-Rubi, portanto o argumento do sr. Bandeira está ultrapassado.
    A estação da Luz já estava com seu limite esgotado quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea da linha-4 Amarela do Metro, esta estação do Metrô deveria ser em outro local, jamais na Luz, sem que a estação Nova Luz, Bom Retiro, ou Agua Branca estarem concluídas, e antes que tentem justificar que os subterrâneos da estação Júlio Prestes esteja tombada, e por isto que a linha-4 Amarela não foi instalada lá, é a mesma situação da Luz.

    O resultado disto é que hoje temos um caos na Estação da Luz, enquanto que a duas quadras a Estação Júlio Prestes subutilizada em um local estratégico, cujo destino previsto é de uma sala com “N” finalidades porem nenhuma como estação ferroviária de passageiros.

    Os comentários do SINFERP são corretos, que não se deseja aproveitar praticamente nada, vale citar ainda áreas da Barra Funda transformada em Memorial (recentemente incendiado), Bom Retiro, invadida na atual favela do Moinho, Pari transformado em feirinha, e área da Mooca aguardando invasão.

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  3. Condicionar a volta da Linha -10 a conclusão do monotrilho Linha 18-Bronze é um destes argumentos e desculpas mais absurdas que não podemos engolir.

    Já se encontra demonstrado pela própria CPTM de que a Linha 10-Turquesa possui mais passageiros, mesmo não tendo ainda sido instaladas as futuras linhas 18-Bronze e 15-Prata com relação a linha 7-Rubi, comprovando que foi uma farsa as alegações da CPTM para sua retirada.

    A estação da Luz já estava com sua capacidade esgotada quando teve por um planejamento mal executado a instalação uma estação subterrânea como terminal da linha-4 Amarela do Metro, sem que a estação Nova Luz estivesse concluída.
    A estação da Luz é uma estação de característica de passagem, e é um desperdício logístico utilizá-la como estação terminal como é a Júlio Prestes, que só tem condições de receber composições provenientes de Barra Funda, se for para usar como terminal, porque não se transferiu a linha 7 para Júlio Prestes que fica próxima e esta subutilizada ?

    Algumas das últimas áreas periféricas paralelas disponíveis para estações ferroviárias em SP, como o;
    Iª Pátio do Pari;
    IIª Área entre a estação da Luz e Júlio Prestes no antigo moinho desativado, e recentemente demolido Estação do Bom Retiro, na qual englobaria as duas linhas duplas que se dirige a Luz , com uma dupla que se dirige a Julio Prestes, em uma estação unificada;
    IIIª Priorizar a execução do projeto da Nova estação da Luz, revitalizando e integrando com a Júlio Prestes, que hoje esta subutilizada com previsão de encerramento como estação ferroviária;
    IVª Cercanias da estação da Mooca até a Av.do Estado na antiga engarrafadora de bebidas desativada no município de São Paulo;
    Vª Unificação das linhas 7 e 10, ou seja, exatamente como era em passado recente e que nunca deveria ter mudado, utilizando composições mais potentes, para finalizar a alegação que a potência das composições atuais da linha 10 não é possível vencer a inclinação de linha 7, ou seja, exatamente do mesmo tipo das que são utilizadas hoje da Luz até Francisco Morato, com a aquisição de algumas unidades complementares as existentes.
    VIª Existe hoje entre as estações do Brás até Mauá uma linha ociosa que no passado foi utilizada como linha expressa com paradas na Luz, Brás, S Caetano, Sto André e Mauá.
    O expresso ABC Linha 18 -Bronze, é outra farsa eleitoreira que se promete no futuro chegar a Luz (que hoje esta suprimida) mas que na verdade é um monotrilho com final na estação Tamanduateí, da CPTM, não até o centro, como muita gente esta entendendo, e já tem até um tal “Morando” em SBC, posando em cartaz como pai desta criança que ainda nem foi concebida.

    Uma vez que fica demonstrado tecnicamente ser esta uma decisão arbitrária e sorrateira, devemos sim, levar em conta o lado político na escolha da linha a ser retirada, pois na região do ABC são municípios independentes e seus eleitores não votam na capital, e um histórico de bom comportamento em relação a outras linhas, o que é confundido como usuários satisfeitos.

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