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O Setorial de Transportes do PT nasceu junto com o Partido dos Trabalhadores. O objetivo sempre foi o de fomentar políticas públicas para o transporte coletivo e logística para distribuição de mercadorias. Estamos abrindo esse espaço para ampliar a discussão sobre o tema.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estado de São Paulo anuncia fim da Integração e PT fará protesto em Diadema

Prefeitura afirma que recebeu ofício técnico informando que a partir de domingo integração será cobrada.

O governo do Estado encaminhou ofício à Prefeitura de Diadema informando que a partir de 12 de fevereiro, ou seja, no próximo domingo, passará a cobrar R$ 1 a ida e R$ 1 a volta pela integração entre os ônibus municipais nos terminais de trólebus de Diadema e Piraporinha.

Com a recusão da continuidade da integração, que é gratuita há 20 anos, o PT e os movimentos sociais e sindical realizarão uma manifestação na próxima segunda-feira (13/02) para tentar reverter a decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

De acordo com a Prefeitura de Diadema, o ofício técnico foi encaminhado à administração municipal e confirma o fim do contrato entre a Prefeitura e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

O prefeito de Diadema e presidente do Consórcio Intermunicipal, Mário Reali (PT), tem tentado uma reunião com o governador desde outubro do ano passado, quando foi informou de que a parceria não seria renovada. Reali deverá se reunir ainda esta semana com o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes para reverter a decisão do governo estadual.

A expectativa de Reali era discutir a integração de ônibus na reunião realizada nesta terça-feira com o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, e o presidente da CPTM, Mário Manuel Seabra Rodrigues Bandeira, mas a pauta do encontro se restringiu a discutir as mudanças no trajeto da Linha 10 - Turquesa, que agora liga o Brás até o município de Rio Grande da Serra. (Leia a matéria aqui).

Reali acredita que a decisão pelo fim da integração gratuita entre os ônibus municipais e os terminais de trólebus não é definitiva e afirma que o ofício anuncia uma decisão técnica e não política. As catracas para a cobrança dos usuários já foram instaladas.

“Só acredito no fim a integração quanto o contrato com os novos requisitos estiverem assinados. Acredito que ainda dá tempo de reverter e vou trabalhar para isso até o fim. É um absurdo o usuário ter de pagar pela integração”, analisou o prefeito de Diadema após ser reeleito presidente do Consórcio.

A EMTU foi procurada no fim da tarde desta terça-feira, mas não respondeu à reportagem.

Manifestação- Representantes do PT e de entidades sociais se reuniram na noite desta terça-feira (07/02) e decidiram retomar o movimento contra o fim da integração. Nos próximos dias serão distribuídos os materiais para convocar a população a manifestação que será realizada às 17h na frente do Sindicato dos Metalúrgicos de Diadema (avenida Encarnação, 290).

“Toda ação tem uma reação. É um absurdo o fim da integração gratuita. O governo estadual está tirando um direito da população”, disse o presidente do PT de Diadema, Josemundo Dário de Queiroz, o Josa, um dos articuladores da manifestação. Em novembro do ano passado, foram realizadas diversas manifestações em Diadema para manter a integração gratuita.

Coincidência – O fim da integração gratuita entre os ônibus municipais e os terminais de trólebus será no mesmo dia em a tarifa do trem, metrô e trólebus serão reajustados em 3,45%. O passe para usar o transporte coletivo passará de R$ 2,90 para R$ 3.

Posição do PSDB de Diadema - O PSDB de Diadema não foi comunicado da decisão do governo de Estado de cobrar a integração a partir no próximo dia 12. Para o vereador e presidente do PSDB municipal, José Dourado, Alckmin tem sido intransigente.

“Sou contra o povo ter de pagar pela integração e isso vai trazer muitos problemas para Diadema. Não é correta a atitude do governador. A Prefeitura, o estado, a EMTU e as empresas concessionárias de Diadema tem de entrar em um acordo”, avalia o vereador.

O vereador tucano fez referência a proposta do governo do Estado que propôs pagar R$ 1 pela integração e a Prefeitura ou as empresas concessionárias arcariam com o outro R$ 1, desta forma a população continuaria com o serviço gratuito.

Entretanto, a Prefeitura não aceitou a proposta. Na época a administração municipal reiterou que não teria como arcar. “Não teria nem como justificar para o TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) este custo, já que é de responsabilidade do Estado”, explicou o prefeito.

Fonte: Jornal ABCD Maior

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