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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Estudo destaca características do BRT em 12 cidades brasileiras

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Ferroviário Sustentabilidade Ambiental

Apresentar e relacionar as características do sistema de ônibus de trânsito rápido (BRT, na sigla em inglês) em 12 cidades brasileiras são os objetivos da publicação Estudos de BRT no Brasil, desenvolvido pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).

A NTU defende no texto de introdução do estudo que a opção pelo BRT justifica-se por se tratar de uma alternativa de transporte de massa adequada a todo porte de cidade, destacando-se pelo baixo custo e menor tempo de implantação em relação a outros modais.

“Trata-se de um sistema em que os ônibus circulam em uma rede de canaletas exclusivas com atributos especiais, como múltiplas posições de paradas nas estações, possibilidade de ultrapassagem, embarque em nível, acessibilidade universal, veículo articulado, pagamento e controle fora do ônibus, bons espaços nas estações e sistema de informações aos usuários”, destaca Otávio Vieira da Cunha Filho, presidente da diretoria executiva da NTU.

“Seus benefícios se refletem na fluidez e agilidade do deslocamento e, por consequência, na qualidade de vida do usuário, que passa a contar com um modal mais confortável, eficiente e seguro também do ponto de vista ambiental”, acrescenta Filho.

Segundo o estudo, os projetos de BRT no Brasil estão em estágios diferentes de desenvolvimento. “Em alguns casos, alcançou-se uma etapa avançada em termos da concepção, da implantação e das perspectivas futuras dos sistemas. Por exemplo, algumas cidades os conceberam como parte de estratégias de desenvolvimento urbano em longo prazo, que vão muito além daquelas diretrizes impostas por planos diretores. Dessa forma, são utilizados não só para atender as demandas existentes, mas também direcionar o crescimento urbano em áreas de interesse.”

Por outro lado, outras cidades demonstraram certa incipiência no processo de adoção do conceito BRT, de acordo com o levantamento.

“Vários são os casos em que as iniciativas se resumem à criação de corredores B à operação de veículos de alta capacidade. É claro que benefícios significativos serão obtidos com essas iniciativas, mas existe a constatação de que muito mais poderia ser alcançado. Em particular, seria recomendável que esforços fossem realizados para viabilizar sistemas completamente integrados e criar corredores em áreas com demanda de passageiros já consolidada em diversos serviços fragmentados”, sugere o trabalho.

As cidades cujos projetos foram analisados são: Belo Horizonte, Uberlândia (MG), Brasília, Campo Grande, Cascavel (PR), Curitiba, Maringá (PR), Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Goiânia e Vitória.

Aeromóvel é mais viável, segundo engenheiro


Menos entusiasmado com a implantação do BRT é o engenheiro Fernando Mac Dowell, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para quem o aeromóvel seria uma alternativa mais viável, sobretudo no que diz respeito às cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, conforme noticiou o EcoD em maio de 2011.

Responsável pela elaboração do plano B das Olimpíadas para o governo federal, o professor da UFRJ fez um estudo sobre as possibilidades de recursos por meio de parcerias público privadas (PPPs) e levou em consideração as tecnologias disponíveis: aeromóvel, monotrilho, trem de levitação magnética, BRT, metrô e veículo leve sobre trilhos (VLT).

O aeromóvel é um transporte urbano automatizado, movido a ar, de concepção brasileira, que está sendo implantado em Porto Alegre (RS), para ligação entre o Aeroporto Salgado Filho e as estações da Empresa de Trens Urbanos da capital gaúcha (Trensurb). “Com a vantagem de ser um sistema nacional, sem necessidade de pagar royalties”, salientou o engenheiro, à época.

De acordo com Mac Dowell, um carro do monotrilho, com 12,5 metros de comprimento, custa US$ 2,4 milhões, enquanto que o aeromóvel tem custo de R$ 1,4 milhão e possui 25 metros.

“Nós estamos perdendo uma grande oportunidade, em quase todas as capitais, que optaram pelo BRT”, apontou o especialista. Segundo ele, o custo de um BRT é de R$ 1,5 bilhão. Na concepção do professor, “fica claro que houve mais partidarismo nessas escolhas, do que estudo”.

Fonte: EcoDesenvolvimento.org

Fotos: Reprodução e Divulgação/Trensurb (RS)

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